Durante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) na noite desta terça-feira (30/10), o presidente da República, Michel Temer, alfinetou o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmando que “nunca houve divergências” entre áreas de seu governo como agricultura e meio ambiente. Ele também destacou a importância do Mercosul, se contraponto a críticas feitas ao bloco comercial pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. A informação é do jornal O Globo.
“Interessante que não há e nunca houve divergência de natureza alguma no governo, peguem por exemplo o setor do agronegócio, da agricultura, com o setor do meio ambiente. Tudo que nós fizemos, embora tivéssemos duplicado áreas de proteção de meio ambiente, não houve uma divergência com a área da agricultura”, declarou Temer.
A fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente já foi confirmada pela equipe de Bolsonaro. A decisão foi criticada por ambientalistas, incluindo a presidenciável da Rede, derrotada em primeiro turno, e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
Mercosul
Segundo a reportagem, Temer listou realizações de seu governo e ressaltou a importância do Mercosul, defendendo a união dos países latino-americanos. O futuro ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que o Mercosul não é prioritário. A declaração gerou desconforto entre representantes do bloco e também foi criticada por representantes da indústria, incluindo a própria CNI, para quem enfraquecer o Mercosul significa fortalecer seu maior concorrente, a China.
“No plano internacional, nós progredimos muito no Mercosul, mas não ficamos apenas no Mercosul, que às vezes recebe críticas, fizemos uma aliança durante minha gestão presidindo o Mercosul com a aliança do pacífico, até porque está na Constituição que devemos praticar e buscar uma política pública de união dos estados latino-americanos”, destacou Temer.
