A Comissão de Educação do Senado Federal, que se reúne nesta quarta-feira (27/4), quer ouvir o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e pedir informações à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) sobre as supostos benefício a pastores na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação.
O colegiado ouvirá três pessoas envolvidos nesse suposto esquema, mas suspendeu as oitivas agendadas para a manhã desta quinta-feira (28/4) por causa de uma sessão do Congresso Nacional, marcada para o mesmo horário. As oitivas de quinta passaram para a próxima terça-feira (3/5).
O presidente do colegiado, senador Marcelo Castro (MDB-PI), destacou que depois de ouvir os envolvidos será a vez do atual ministro Victor Godoy, que à época das denúncias era secretário-executivo do então ministro Milton Ribeiro. “Não estamos fazendo prejulgamento, mas evidentemente tem conhecimento. Afinal, era o secretário-executivo”, disse Castro.
14 imagens
1 de 14
Recentemente, um áudio em que Milton Ribeiro afirma priorizar repasses da Educação a determinadas prefeituras a pedido do presidente Bolsonaro ganhou o noticiário. Apesar de, logo em seguida, negar a existência de irregularidades bem como o envolvimento de Bolsonaro, Ribeiro passou a ser objeto de pedidos de investigação
Reprodução/Instagram
2 de 14
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o ex-ministro
Isac Nóbrega/PR
3 de 14
Ministério da Educação (MEC)
Marcelo Camargo/Agência Brasil
4 de 14
No meio do suposto esquema de propina estão os pastores Gilmar Santos, Arilton Moura e o agora ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. De acordo com a denúncia, Santos e Moura, que não têm cargos públicos, controlavam a agenda de Ribeiro e atendiam às demandas de prefeituras que pagavam propina para conseguir a liberação de recursos
Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 14
A manobra ocorria da seguinte forma: os pastores participavam de agendas da pasta acompanhados de dezenas de prefeitos e exigiam pagamentos entre R$ 15 e R$ 40 mil para liberar o repasse de verbas. Vários municípios cujos prefeitos participavam das reuniões, conseguiam as verbas semanas depois
Instagram
6 de 14
No fim de março, dias após a mídia noticiar o suposto esquema, Gilberto Braga (PSDB), prefeito de Luís Domingues (MA), afirmou que Moura cobrou R$ 15 mil, mais um quilo de ouro, para dar andamento às demandas da prefeitura
Igo Estrela/Metrópoles
7 de 14
Pouco tempo depois, outras denúncias começaram a surgir. Dessa vez, o prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro, revelou que Arilton Moura pediu R$ 15 mil, além de compras de Bíblias, para “ajudar na construção da igreja”
Pixabay
8 de 14
O prefeito de Bonfinópolis, revelou ainda que os envolvidos chegaram a oferecer abatimento de 50% na propina para liberação de verbas para escolas. Segundo ele, os valores eram fixados de acordo com o grau de proximidade. Caso fossem “conhecidos” de alguns dos pastores, o valor da propina era apresentado “com desconto”
Reprodução/Instagram
9 de 14
Ministério da Educação
Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 14Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 14
Agora, a Comissão de Educação do Senado Federal ouviu prefeitos que testemunharam o suposto esquema de favorecimento e o presidente do colegiado, Marcelo Castro (MDB-PI), pediu cautela antes de defender que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Geraldo Magela/Agência Senado
12 de 14
Segundo Castro, a comissão quer “cumprir algumas etapas” antes de proceder com a defesa de uma CPI para apurar os episódios envolvendo a pasta
Geraldo Magela/Agência Senado
13 de 14
Entre elas, estão a realização de oitivas com o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, além do ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, acusados de atuar como lobistas no ministério
Edilson Rodrigues/Agência Senado
14 de 14
Segundo o jornal O Globo, os pastores perceberam as portas do Executivo abertas muito antes de Ribeiro assumir o MEC. Eles, na verdade, se envolveram com o governo Bolsonaro graças ao deputado João Campos (Republicanos), que é pastor da Assembleia de Deus. A partir disso, se aproximaram do atual presidente e conquistaram espaço
Reprodução
O então ministro da Educação Milton Ribeiro foi gravado dizendo que tinha como “prioridade” atender “todos os prefeitos que são amigos do pastor Gilmar Santos”. O religioso é o presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos.
Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação após a revelação de um escândalo na pasta envolvendo suposto favorecimento a aliados de Bolsonaro. O caso veio à tona após a divulgação pelo Estado de S.Paulo de áudios atribuídos a uma conversa entre o ministro e pastores.
Gabinete paralelo no MEC
Logo depois da publicidade das gravações, ao menos dez prefeitos confirmaram a existência de um gabinete paralelo da Educação, no qual pastores supostamente atuaram na intermediação de recursos para escolas públicas. Dos dez, pelo menos três confirmaram que, em algum momento, escutaram pedidos de propina em troca da liberação de verbas.
Segundo o prefeito de Luís Domingues, no Maranhão, Gilberto Braga (PSDB), Arilton Moura teria pedido 1 kg de ouro, em uma conversa no restaurante Tia Zélia, em Brasília, após almoço informal com a presença do ministro.
Teste do post para o redirect em rascunho Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.
Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.
Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.
Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.