Após o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregar a liderança do governo no Senado, as conversas sobre quem assumirá o posto começaram nos corredores da Casa Alta. Atualmente, os mais cotados são os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PP-SC), Marcio Bittar (MDB-AC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Nos bastidores, o nome mais forte hoje é Alcolumbre, ex-chefe do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que engavetou a sabatina do ex-ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meses. Contudo, ninguém crava que será ele o novo líder.
Mello, que é vice-líder do governo, e Rogério são pré-candidatos ao governo de Rondônia e Santa Catarina, respectivamente, o que suscita um problema: teriam de abrir mão da disputa ou da liderança, visto que “uma missão atrapalharia a outra”. Bittar é visto entre os colegas com menos possibilidade.
Senadores têm evitado falar publicamente sobre o assunto. Mas as articulações já começaram. Avaliam que o presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa resolver isso ainda este ano, mas não cravam qualquer prazo.
Bezerra deixou a liderança do governo, após a derrota na disputa pela vaga ao Tribunal de Contas da União (TCU). Ele obteve apenas sete votos, ante 19 de Kátia Abreu (PP-TO) e 52 de Antonio Anastasia (PSD-MG). O placar ínfimo surpreendeu a todos e o senador se sentiu traído, inclusive pelo governo.
