Rosso descarta concorrer à presidência da Câmara para mandato-tampão

Embora seja considerado um dos nomes mais fortes para assumir o posto deixado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta terça-feira (7/7), o deputado do PSD-DF disse que não vai disputar a vaga. Quem assumir o comando da Casa agora não poderá ser eleito para o biênio 2017-2018

atualizado 11/07/2016 20:17

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Michael Melo/Metrópoles

Cotado como um dos nomes mais fortes para assumir a presidência da Câmara dos Deputados na vaga deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta quinta-feira (7/7), Rogério Rosso (PSD-DF) disse que não quer a cadeira. Desde que assumiu o comando da Comissão Especial de Impeachment no caso da petista Dilma Rousseff, Rosso ganhou visibilidade nacional. Com a renúncia de Cunha, ficou bem cotado na bolsa de apostas da Câmara, mas foi sucinto ao comentar a possibilidade de se candidatar ao cargo na próxima terça-feira (12/7), quando será feita a eleição: “Não tenho essa pretensão”, disse, ao Metrópoles.

A negativa de Rosso pode espantar alguns. Afinal, por que desperdiçar a chance de comandar a Casa, chamar para si os holofotes e, de quebra, assumir interinamente a Presidência da República em caso de Michel Temer se ausentar do país? Afinal, sem um vice-presidente formalmente instituído no cargo atualmente, o presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória para substituir o chefe de Estado. A resposta tem duas partes.

Primeiramente, quem for eleito no lugar de Cunha será presidente da Câmara para um mandato-tampão e não poderá disputar o cargo no início de 2017, uma vez que a reeleição é vedada pelo Regimento Interno da Casa. Dessa forma, passar poucos meses no posto inviabilizaria uma candidatura para a cadeira máxima do órgão no biênio 2017-2018. Vale lembrar que Rosso foi governador-tampão, em 2010, após José Roberto Arruda ser preso no ano anterior e Paulo Octávio renunciar ao Buriti após passar meses como interino.

A segunda parte desta equação diz respeito à instabilidade política que se alastrou pela Câmara desde que a Operação Lava Jato voltou a mira para dezenas de parlamentares envolvidos no esquema. Atualmente, a Casa está paralisada, mergulhada em uma profunda crise institucional, e talvez seja melhor esperar para ver como os ventos vão soprar daqui a alguns meses. Neste momento, é complicado assumir o leme do navio em plena tempestade. E Rosso sai pela tangente ao falar sobre a consulta que colegas têm feito sobre uma eventual candidatura agora: “Acredito que existam nomes mais preparados e experientes do que o meu”.

Se o atual cenário for mantido até a próxima semana, há pelo menos outros 12 cotados para assumir o mandato-tampão de presidente da Câmara. São eles: Fernando Giacobo (PR-PR); Rodrigo Maia (DEM-RJ); Hugo Leal (PSB-RJ); Beto Mansur (PRB-SP); Carlos Manato (SD-ES); Júlio Delgado (PSB-MG); Heráclito Fortes (PSB-PI); Osmar Serraglio (PSB-PR); Antônio Imbassahy (PSDB-BA); Rodrigo Maia (DEM-RJ); José Carlos Aleluia (BA) e Esperidião Amin (PP-SC). Para se eleger presidente, são necessários dois terços dos votos dos 513 deputados.

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