O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta terça-feira (14/9), que pretende apresentar o relatório final sobre os trabalhos da comissão e a sugestão de indiciamento dos potenciais culpados no dia 24 de setembro. O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou o emebista: “Se não surgir mais nada”, brincou.
Instalada em 27 de abril, a CPI realiza, nesta manhã, a 53ª reunião do colegiado. Entre sessões deliberativas e depoimentos, a comissão concentra os trabalhos desta reta final na ação suspeita de atores políticos, empresários e advogados na venda de vacinas ao governo federal.
A expectativa é que o texto seja votado em 29 de setembro.
Nesta terça, os senadores ouvem o depoimento de Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto da Fib Bank — empresa fornecedora de garantias fidejussórias.
Conforme noticiado pelo colunista Igor Gadelha, a prévia do relatório de Calheiros já tem mais de 400 páginas. O documento é elaborado em parceria com assessores técnicos e jurídicos que têm prestado assistência ao emedebista na CPI.
Indiciamento de Bolsonaro
Até agora, o relator já antecipou ao menos cinco infrações pelas quais pretende indiciar Bolsonaro. Há a possibilidade de que o presidente seja acusado pelos crimes de pandemia, curandeirismo, infração de medida sanitária preventiva, advocacia administrativa e corrupção passiva.
O colunista também apurou que o senador avalia incluir na lista crime contra a humanidade. Neste caso, o relatório deverá ser remetido ao Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, nos Países Baixos. Caberá, então, ao tribunal avaliar se julga Bolsonaro ou não.