O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, se pronunciou, por meio das redes sociais, acerca de evento promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no domingo (23/5), no Rio de Janeiro. Uma “motociata” e um discurso foram feitos pelo chefe do Executivo nacional, com a aglomeração de milhares de pessoas.
“Trabalho realizado com excelência pelas forças de segurança. Parabéns, Rio de Janeiro! Evento memorável”, disse Ramagem na publicação.
Trabalho realizado com excelência pelas forças de segurança. Parabéns, Rio de Janeiro! Evento memorável ! @jairbolsonaro 🇧🇷 pic.twitter.com/6hh9nk1kSy
— Alexandre Ramagem (@aramagem) May 23, 2021
O secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Mário Frias, reagiu à publicação do chefe da Abin com a expressão “Datapovo”. A afirmação faz referência às pesquisas de popularidade do chefe do Executivo pelo instituto Datafolha, que apontam que 50% dizem que nunca confiam em declarações de Bolsonaro.
A intenção seria ironizar as pesquisas, já que quando vai às ruas, Bolsonaro é sempre cercado por aglomerações.
DATAPOVO!
— MarioFrias (@mfriasoficial) May 23, 2021
Motociclistas se concentraram no Parque Olímpico da Barra da Tijuca desde as 8h. A partida foi às 10h, seguindo pela Avenida Embaixador Abelardo Bueno, que ficou fechada enquanto o cortejo passou, em direção à Barra. Os participantes apelidaram o evento de “motociata”.
Mais de mil policiais militares foram deslocados de quatro batalhões para acompanhar o pelotão. A Polícia Civil seguiu de helicóptero, e fuzileiros navais também foram convocados para garantir a segurança do presidente.
Antes de subir na moto, Bolsonaro cumprimentou apoiadores reunidos no local, que gritavam “mito”. Contrariando orientações das autoridades sanitárias, o presidente e simpatizantes não usaram máscaras e provocaram aglomerações. O chefe do Executivo é crítico de medidas de controle adotadas para conter a disseminação do coronavírus.
O evento recheado de aglomerações e dispensa do uso de máscaras aconteceu um dia após o país atingir a triste marca de mais de 449 mil vidas perdidas para a Covid-19.
