O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou, na noite desta quinta-feira (21/10), os pedidos de demissão do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, simultâneos ao descontentamento da equipe econômica com a mudança no teto de gastos em detrimento do Auxílio Brasil. Para o general, há formas de achar soluções que não atinjam o teto estabelecido por lei.
“É uma situação complicada que está sendo vivida. Se sentar todo mundo, se consegue uma solução melhor”, disse o general.
Mourão afirmou ainda que as reações do mercado, classificadas por ele como “especulações”, fazem com que muita gente ganhe dinheiro. “São coisas do mercado”, opinou.
Na tarde de quinta, em reação ao pedido de “licença temporária” para gastar com o programa Auxílio Brasil do ministro da Economia, Paulo Guedes, o dólar foi a R$ 5,66 e a Bovespa caiu 2,75% com receio do “furo”.
Questionado se a PEC das Precatórias seria uma solução, Mourão disse acreditar que é a medida, é sim, uma saída. “É, a PEC é uma saída. Eu, na minha visão, acho que temos R$ 360 bilhões de renúncia fiscal. Acho que podia ser feito uma negociação em cima disso aí. Acho que é uma linha de ação”, explicou.
Mais cedo, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também defendeu que o Auxílio Brasil respeite o teto de gastos. O senador cobrou que Executivo e Legislativo apresentem “soluções inteligentes”.
“Nós temos a obrigação de dar solução de um jeito ou de outro. É preciso socorrer 17 milhões de famílias, mas precisa haver uma correção desse programa social para que ocorra dentro da responsabilidade fiscal. Vamos encontrar essa matemática e equação capaz de inserir esse programa dentro do teto”, disse o parlamentar.
