O deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos, retirou, nesta quarta-feira (16/12), a candidatura, e o partido vai apoiar o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) na disputa à presidência da Câmara dos Deputados. O partido tem 31 deputados.
Pereira, que é vice-presidente da Câmara, estava no grupo do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas, ao se sentir preterido, deixou o grupo para tentar se tornar uma “terceira via”, o que não ocorreu.
Com o Republicanos, agora o bloco de Lira tem PP, PL, PSD, Solidariedade, Pros, PSC, Avante e Patriota e conta 193 deputados. O PTB, com 11 deputados, deve seguir com o líder do Centrão, totalizando 204.
O líder da bancada, Jhonatan de Jesus (RR), e Pereira afirmaram, em nota, que o objetivo do partido é fortalecer o projeto de mudança e trabalhar para que a Câmara seja independente, porém de forma harmônica com os demais poderes.
“O Poder Legislativo não pode ser utilizado como uma trincheira contra os demais poderes nem como base para disputas pessoais que envolvam as instituições de Estado. O Brasil é maior que tudo isso”, diz a nota.
O líder do Centrão comemorou a nova adesão ao seu bloco de apoio nas redes sociais:
O Republicanos anunciou hoje apoio ao projeto que estamos construindo para a presidência da Câmara. Um grupo que busca uma Câmara plural, democrática e que vai dar voz a todos os parlamentares.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) December 16, 2020
Ao Metrópoles, a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), disse que o partido ainda não deliberou sobre o assunto, mas tende a apoiar Lira por causa de um acordo com Pereira de que os partidos caminhariam juntos. A bancada possui 10 deputados.
Lira vai enfrentar o candidato do bloco de Maia, formado por DEM, MDB, PSDB, PSL, PV e Cidadania, que reúne 158 deputados. Prováveis concorrentes são Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ou Baleia Rossi (MDB-SP).
É esperado que o bloco tenha o apoio da oposição, que reúne 132 deputados. PSB e PCdoB já indicaram que vão integrar o grupo. PDT, idem, mas a definição deve ocorrer após o anúncio do candidato. PT segue debatendo. Já o PSol continua com a estratégia de lançar candidatura.
