Futuro ministro da Casa Civil no governo federal de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Onyx Lorenzonni (DEM-RS) conversou com a imprensa, no início da tarde desta quinta-feira (22/11), para desmentir a indicação do educador Mozart Neves Ramos para chefe do Ministério da Educação. A notícia foi divulgada na quarta (21/11). A partir daí, o diretor do Instituto Ayrton Senna passou a ser atacado por apoiadores do presidente eleito, principalmente pela bancada evangélica do Congresso Nacional.
Mozar Ramos é contrário ao projeto Escola Sem Partido que já tramita na Câmara dos Deputados. O texto proíbe que professores de escolas públicas e privadas da educação básica promovam “opiniões, concepções, preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias” e que lecionem o que o projeto chama de ideologia de gênero.
“Vazaram o nome do ministro da educação sem que houvesse definição pelo nosso governo. Temos respeito pelo professor Mozart Ramos ele tem uma carreira admirável e é respeitado por educadores de todo o Brasil, assim como o instituto e a Viviane Senna” afirmou Lorenzonni.
O futuro ministro disse ainda que “achou importante explicar para a sociedade a importância que o Instituto Ayrton Senna tem para a educação brasileira”. “Eles foram atacados sem nenhuma justificativa. Nós queremos que nossas crianças aprendam e que isso seja prioridade. Que brasileiro não quer”, completou.
PSL
Questionado sobre o grande espaço dado ao Democratas – o partido já tem três ministros no futuro governo – enquanto o PSL, partido de Bolsonaro, apenas um, Onyx Lorenzonni desconversou. “Tem toda uma ansiedade que é natural, mas temos que ter paciência e resiliência, mas tudo vai dar certo no fim”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, até a próxima semana o primeiro escalão do governo Bolsonaro estará definido. “Nessa semana avançou bastante a transição, a interlocução com o atual governo está fluida. Os ministros indicados já estão trabalhando com seus assessores. Esperamos que até a próxima semana tenhamos completado as indicações dos ministros”.