Empresa do assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, é investigada pelo Ministério Público em Minas Gerais como o principal elo entre o chefe da pasta e o uso de candidaturas laranja pelo PSL. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A companhia de Mateus Von Rondon, especializada em serviços de internet e marketing, teve como um dos principais clientes até 2018 o ministro do Turismo, por meio de verba da Câmara dos Deputados.
Quatro candidatas a deputada estadual e federal, que teriam sido usadas como laranjas pelo PSL, declararam na prestação de conta eleitoral que pagaram R$ 32 mil à empresa do assessor de Marcelo Álvaro.
O jornal denunciou no dia 4 de fevereiro um suposto esquema de desvio de verba do Fundo Eleitoral pela legenda, quando o ministro do Turismo era presidente do PSL de Minas. A legenda teria destinado uma alta quantia de dinheiro público às candidatas, que somaram poucos votos nas últimas eleições.
Na última sexta-feira (22/2), a Polícia Federal informou que vai investigar o suposto esquema de candidaturas laranja no partido.
Desde as primeiras denúncias sobre o esquema, o ministro do Turismo tem negado o envolvimento no caso. Procurado pela reportagem da Folha, Álvaro Antônio disse que não indicou Von Rondon para nenhum candidato do PSL e que conheceu o assessor enquanto trabalhava na Câmara Legislativa de Belo Horizonte.