Gleisi diz que Bolsonaro é “cúmplice” dos atos violentos em Brasília

Deputada também criticou a falta de identificação dos manifestantes e classificou o movimento como "golpista" e "baderna"

atualizado 13/12/2022 15:47

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Rouanet presidenta do PT Gleisi Hoffmann, fala com a imprensa no centro de São Paulo - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

A presidente nacional do Partido dos Trabalhores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou o presidente Jair Bolsonaro (PL) é “cúmplice” dos atos de violência que ocorreram em Brasília na noite de segunda-feira (12/12).

A deputada também criticou a falta de identificação dos manifestantes e classificou o movimento como “golpista” e “baderna”.

“Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode presidente da República abrigar envolvidos?”, disse.

Os protestos ocorreram no mesmo dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral e começaram após a prisão do cacique bolsonarista José Acácio Tserere Xavante. As manifestações violentas acendem um alerta, a 20 dias da cerimônia de posse do petista, marcada para 1º de janeiro.

A confusão começou quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, após a prisão do indígena, determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Tserere Xavante é suspeito de incitar protestos contra o resultado da eleição em diversos locais da capital federal, como no Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, nos shoppings e no hotel onde Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), estão hospedados.

Nas redes sociais, Gleisi também pediu a desmobilização das atividades bolsonaristas nos quartéis: “Passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo”, disse.

As manifestações dos apoiadores de Bolsonaro tem ganhando força desde o segundo turno das eleições. Desde o fim de outubro, bolsonaristas fecharam rodovias pelo país contra o resultado das urnas e, posteriormente, passaram a acampar próximos a quartéis-generais para pedir intervenção militar.

Em Brasília, manifestantes estão há mais de um mês em barracas montadas em frente ao Quartel-General do Exército para pedir intervenção das Forças Armadas no resultado das eleições.

Os mais extremistas têm defendido até o assassinato do presidente eleito, frequentemente repetindo a frase: “Ladrão não vai subir a rampa”. Um site do governo do Ceará sofreu um ataque hacker, onde foram veiculadas mensagens de tom golpista, pedidos de intervenção militar e de “morte a Lula.

Silêncio de Bolsonaro

Em meio às cenas de violência e vandalismo na capital federal, Bolsonaro tem feito poucas declarações públicas desde o fim das eleições. Na semana passada, após mais de um mês em silêncio, o atual mandatário fez um discurso dúbio a apoiadores. O chefe do Executivo ainda não reconheceu abertamente a derrota nas urnas.

“Hoje, estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada. Quem decide o meu futuro são vocês; quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês; quem decide para onde vai a Câmara e o Senado são vocês”, disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada.

Sem dar detalhes, o mandatário acrescentou que está assistindo a “absurdos acontecendo” e assinalou: “Diferente de outras pessoas, vamos vencer”. Ele continuou: “Tudo dará certo no momento oportuno”. Mais cedo, após a diplomação de Lula e Alckmin, o presidente se reuniu com milhares de apoiadores em frente ao Alvorada.

Metrópoles contatou a assessoria do Planalto e questionou se Bolsonaro emitiria algum pronunciamento sobre os protestos violentos, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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