Funai exonera todos os diretores e paralisa serviços do órgão

Com a chegada do general do Exército Franklimberg Freitas para presidir a fundação, expectativa é que outros militares assumam as diretorias

atualizado 17/01/2019 21:15

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Divulgação/Funai

Mais dois diretores da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram exonerados nesta quinta-feira (17/1). Os desligamentos de Adriano Guedes Ferreira e Azelene Inácio foram publicados do Diário Oficial da União (DOU) um dia depois de Rodrigo Paranhos Faleiro ser desligado, na quarta (16). Com isso, a Funai está sem comando nas três diretorias do órgão: Administração e Gestão, Desenvolvimento Sustentável e Proteção Territorial.

Funcionários da autarquia contam que, devido à burocracia, a qual demanda aprovação dos superiores hierárquicos para as ações serem realizadas, parte dos serviços está parada.

Na manhã desta quinta-feira, o novo presidente do órgão foi empossado. Franklimberg Ribeiro de Freitas, general do Exército, assinou a nomeação, já publicada no DOU, junto da ministra Damares Alves. A Funai agora pertence ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e está sob o comando da chefe da pasta.

Com o general na liderança, a expectativa interna é que outros militares assumam os cargos de diretoria vagos. O novo presidente ainda não esteve na sede do órgão. Ele passou o dia no Ministério da Mulher, definindo os próximos nomes que vão fazer parte da sua equipe.

“A nossa política indigenista precisa se fortalecer, e nossas ações terão como único objetivo melhorar as condições de apoio para os indígenas. Esse é o nosso compromisso”, afirmou Franklimberg Ribeiro de Freitas, mais cedo.

Transferência no dia da exoneração
Na segunda-feira (14), quando assinou sua exoneração, o ex-presidente da Funai Wallace Moreira Bastos nomeou o então diretor de Administração e Gestão, Adriano Guedes Ferreira, como ordenador de despesas da diretoria. Procurados, os dois alegam que foi uma decisão de praxe, para os serviços não ficarem paralisados até a chegada de um novo presidente.

No entanto, três dias depois da exoneração de Bastos, Adriano Ferreira também perdeu seu cargo. O executivo foi para a Funai levado pelo ex-presidente da instituição. Os dois trabalharam juntos anteriormente no Ministério dos Transportes, ainda no mandato do ex-presidente Michel Temer (MDB). A decisão de Wallace Moreira Bastos, de repassar poderes financeiros a Adriano, pesou na demissão do então diretor.

Demissão a pedido de Moro
Só na manhã desta quinta (17/1), a diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inácio, foi exonerada oficialmente. Há 10 dias, a demissão da funcionária tinha sido pedida pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, que ainda era responsável pela fundação. Mas, até essa quarta-feira (16), antes de a exoneração ser publicada no DOU, Azelene ainda estava trabalhando.

Ela perdeu o cargo após o Ministério Público Federal apontar conflito de interesse por parte da diretora, que tem relações próximas com ruralistas e contaria com o apoio da bancada na Câmara e no Senado.

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