Edital da Funarte causa polêmica por excluir bandas de rock

Presidente da fundação já criticou o gênero anteriormente. Em nota, contudo, ele afirma que proibição não é novidade desta gestão

atualizado 23/01/2020 18:24

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Maestro Dante Mantovani, ex-presidente da Funarte Reprodução/Youtube

Um edital lançado na última quarta-feira (22/01/2020) pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) causou polêmica por proibir, expressamente, que bandas de rock concorram ao Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020.

Quando assumiu, o presidente da entidade, Dante Mantovani, também gerou intensa repercussão por ligar o gênero musical ao aborto, drogas e satanismo.

Em canal do YouTube, Dante disse que rock não poderia ser classificado como música e disparou: “O rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto, por sua vez, alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”.

O trecho do edital em questão diz que “não poderão participar deste Edital ‘fanfarras’ ou ‘bandas marciais’ ligadas ou não a instituições do ensino regular público ou privado, ‘bandas de pífanos’, ‘bandas de rock’, ‘big-bands’, bem como conjuntos musicais assemelhados, conjuntos musicais de instituições religiosas, bandas militares e bandas de instituições de segurança pública”. No total, serão distribuídos R$ 5,4 milhões aos contemplados.

Nas redes sociais, diversos políticos criticaram o edital: o deputado federal João Campos (PSB-PE) disse que “perseguição e censura não combinam com a democracia”. “Proibir bandas de rock com base em quê? Isso não tem nenhum fundamento!”, declarou. “O rock pulsará sempre apesar do governo Bolsonaro”, tuitou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) chegou a dizer que questionaria a ação judicialmente, mas depois postou: “A Funarte divulgou nota dizendo que foi uma ‘má interpretação da redação’ dada ao edital pelos sites de notícia e que não possui preconceito contra nenhum estilo musical. Veremos”.

Funarte
Em nota, Mantovani afirmou que o edital serve “apenas para bandas civis ‘tradicionais'” e que tem redação “quase igual” às versões anteriores, em 2007, 2010 e 2012. Assim, a proibição ao rock não seria uma “novidade” da gestão. “A Funarte nunca teve, não tem e nunca poderá ter preconceito contra nenhum estilo musical – como se espera de uma instituição federal de Estado”, escreveu.

“A redação desse item sempre visou apenas a evitar confusão com outros tipos de bandas, não somente as de rock. Estas, como outros tipos de bandas diferentes das bandas civis ‘tradicionais’, nunca foram incluídas nesse prêmio”, diz o comunicado.

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