A fase de discussão do parecer da reforma da Previdência deve se encerrar nesta quarta-feira (26/06/2019), após quatro sessões cedidas para o debate. No início da reunião, restavam 47 parlamentares inscritos para falar ao colegiado, até que se inicie a votação do texto, elaborado pelo relator, Samuel Moreira (PSDB-SP).
Apesar da vontade do presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM), de colocar o voto complementar de Moreira para votação ainda nesta quarta, ainda há o imbróglio que envolve os governadores e o Centrão.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à frente das articulações no Congresso pela aprovação da reforma, se reúne com representantes das unidades federativas nesta manhã para tentar construir um acordo.
Até que haja um entendimento, Moreira, Ramos e Maia acreditam que vale a pena esperar para ler o texto substitutivo. “Atrasar uma hora, cinco horas ou um dia, nesta reta final, se for para um entendimento, não vejo problema”, apontou o presidente da Comissão Especial. Por isso, a previsão de apreciação é quinta-feira (27/06/2019).
Assim que acabar o período de discussão, há, ainda, cinco requerimentos para serem analisados. Todos são para adiamento de votação de uma, duas, três, quatro e cinco sessões. Com o pior dos cenários, se o último fosse aprovado, a análise do voto complementar ficaria para a quinta-feira da semana que vem, conta Ramos.
Além disso, o acordo entre oposição e governo já não está mais em vigor e deputados contrários à reforma pretendem obstruir a pauta. Antes do início das discussões do parecer, definiram que oposicionistas não atrapalhariam nem a leitura do parecer nem o debate, desde que não houvesse um limite para o número de inscrições para fala e que nenhum parlamentar governista apresentasse um requerimento de encerramento de discussão.
