Cronologia de uma queda. Relembre a união instável de Jair e Moro

Com a promessa de que teria "carta-branca" no governo, o então juiz deixou a magistratura, mas seguiu por um caminho conflituoso

atualizado 24/04/2020 13:24

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Bolsonaro e Moro Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em novembro de 2018, começava o “casamento” do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) – então presidente-eleito – e do juiz responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, que aceitou se tornar o ministro da Justiça e Segurança Pública. Com a promessa de que teria “carta-branca” no governo, Moro deixou a magistratura, sem imaginar que teria pela frente um caminho conflituoso, que culminou pedido de demissão.

A fama do ex-juiz, de travar um duro combate à corrupção, foi uma das grandes razões da investida de Bolsonaro. Quando o chefe do Executivo o apresentou como titular da pasta, afirmou que Moro pediu “liberdade total” e prometeu não interferir no trabalho do ministro. Na sua saída, Moro denunciou o oposto:  “interferência política” do presidente na Policia Federal.

Após um período de estabilidade, os impasses começaram a aparecer. Em fevereiro do ano passado, Moro decidiu revogar a nomeação de Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, depois que a indicação virou alvo de repercussões negativas nas redes do presidente e seus filhos.

Na sequência, mais um choque entre a dupla. Em outubro, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de 3, sem o conhecimento da cúpula da corporação. A iniciativa deixou ares de conflito com o ministro da Justiça.

Entre uma rusga e outra, o presidente editou uma medida provisória para transferir o então Conselho de Controle de Atividades Financeiras para o Banco Central. Foi, então, mais uma perda para Moro. No mesmo mês, Bolsonaro declarou que o diretor-geral da PF é subordinado a ele e não ao ministro da Justiça.

À essa altura, os aliados de Moro ficavam estarrecidos com a postura de Bolsonaro em relação ao ministro. Entidades de delegados começaram a criticar as “declarações polêmicas” do presidente.

Neste ano, o mal-estar veio à tona em meio à pandemia de coronavírus. Bolsonaro comunicou a Moro que pretendia demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado pelo ex-juiz. Em resistência, a decisão final do ministro foi abandonar o cargo e expor as suas razões.

Ao pedir demissão, o ex-juiz da Lava Jato criticou justamente a quebra da promessa de Bolsonaro ao chama-lo para o cargo. Segundo Moro, ele teria buscado ter “relatórios de inteligência” da corporação, o que foge à prerrogativa da PF.

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