Gasto com água quadruplicou no ano em que Queiroz estaria na casa de Wassef

Histórico baixado por Heloisa Carvalho, filha do escritor Olavo de Carvalho, aponta que, em março de 2019, consumo de água redobrou

atualizado 22/06/2020 18:05

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O consumo de água na casa onde o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicamos-RJ) Fabrício Queiroz foi preso, na última quinta-feira (18/06), aumentou a partir de março de 2019. O acréscimo coincide com o período em que ele teria ficado escondido na residência, de pouco mais de um ano.

Até fevereiro do ano passado, o gasto era inferior a 10 metros cúbicos por mês, o que isenta o proprietário de pagar a conta. De março até maio deste ano, oscilou de 20 a 40 metros cúbicos mensais – e passou a ser cobrado.

O dado, inicialmente, foi constatado por Heloísa Carvalho, filha do escritor Olavo de Carvalho, espécie de “guru” dos bolsonaristas mais radicais, ao baixar pela internet o histórico de consumo da casa na Rua Figueiras, em Atibaia, São Paulo.

A informação foi confirmada pelo Metrópoles, que também verificou que todas as contas encontram-se quitadas para a residência registrada no nome do escritório Wasseff  & Sonnenburg Sociedade de Advogados.

O advogado Frederick Wasseff, que até a semana passada defendia o presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, nega que o ex-assessor da família estivesse escondido no imóvel de sua propriedade desde o ano passado. Mas, a contar pelo consumo da casa, a partir do mês indicado, houve, realmente, um aumento compatível com a chegada de um morador no local.

De posse do código de consumo do imóvel, Heloísa conseguiu com a concessionária de água e saneamento de Atibaia os dados do consumo de água da residência.

Pelos históricos baixados de 2018, 2019 e 2020, pode-se notar que o dispêndio mensal ficava sempre abaixo do mínimo necessário para a cobrança por volume, à exceção dos meses de setembro e outubro de 2018 – época das campanhas eleitorais que consagraram Jair Bolsonaro vencedor do pleito. Ainda assim, atingiu, apenas, 11 metros cúbicos, um a mais do que o mínimo.

No caso de Atibaia, o valor mínimo de cobrança é referente a 10 metros cúbicos por mês.

Aumento de consumo

Já a partir de fevereiro de 2019, o hidrômetro da casa de Wassef passou a registrar um perfil de consumo mais elevado. O extrato da conta registra 14 metros cúbicos em fevereiro e 40 em março de 2019. A partir daí, o consumo ficou entre 20 e 43 metros cúbicos ao mês, ou seja, um consumo de água superior aos meses anteriores. Essa média se manteve neste ano, oscilando de 21 a 44 metros cúbicos.

“Hoje pela manhã, enquanto eu estava batendo papo com amigos, consegui o número e puxei todos os valores”, disse Heloísa ao Metrópoles. Ela conta que teria contribuído com a investigação que levou à prisão do ex-assessor, em uma operação autorizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Queiroz é peça-chave do inquérito que apura a existência de um suposto esquema de “rachadinha” comandado pelo senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando ele ainda era deputado estadual.

O escritório de Frederick Wassef foi procurado, mas não retornou as ligações da reportagem. O espaço continua aberto.

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Queiroz e Márcia são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha
Ministério Público do Rio conduziu a operação que prendeu Queiroz
Queiroz foi preso em operação da Polícia Civil e do MP de São Paulo
Queiroz foi preso em operação da Polícia Civil e do MP de São Paulo
Queiroz foi preso em operação da Polícia Civil e do MP de São Paulo
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Heloisa de Carvalho e amigo comemoram prisão de Queiroz com suco de laranja, em Atibaia

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Queiroz e Márcia são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha

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Ministério Público do Rio conduziu a operação que prendeu Queiroz

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Queiroz foi preso em operação da Polícia Civil e do MP de São Paulo

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Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro

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Queiroz com o senador Flávio Bolsonaro e

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O ex-assessor Fabrício Queiroz é investigado pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha.

Reprodução/TV SBT

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