O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra — o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura — era um “homem que respeitava os direitos humanos”.
“O que posso dizer sobre Carlos Alberto Brilhante Ustra: ele foi meu comandante no fim dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”, disse, ao jornal alemão DW.
“Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade”, completou o general. Não é a primeira vez que Mourão defende Brilhante Ustra.
O vice-presidente da República ressaltou que o governo Bolsonaro não concorda com a tortura, que, segundo ele, “não é uma política com a qual nosso país simpatize”, e disse ser necessário esperar que a “história faça sua parte”.
“E claro, quando há muita gente que lutou contra a guerrilha urbana no fim dos anos 60 e início dos anos 70 do século passado, e muitas dessas pessoas foram injustamente acusadas de serem torturadoras”, prosseguiu Hamilton Mourão.
“É por isso que eu disse antes que temos que esperar que todos esses atores desapareçam para que a história faça sua parte. E, claro, o que realmente aconteceu durante esse período… esse período passou”, completou. Leia aqui a íntegra da entrevista.
