Bolsonaro volta a criticar a Petrobras: “Não é aquilo que eu gostaria”

Presidente tem feito críticas à estatal após aumento nos preços dos combustíveis, mas afirmou não ter ingerência sobre a empresa

atualizado 16/03/2022 12:10

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer críticas à Petrobras nesta quarta-feira (16/3) e afirmou que a empresa “não é aquilo” que ele gostaria que fosse. Bolsonaro conversava com um grupo de simpatizantes no “cercadinho” do Palácio da Alvorada e criticava a gestão da estatal em governos petistas. Na sequência, ele afirmou ter divergências com a empresa.

“Se bem que eu tenho minhas críticas à Petrobras também. Não é aquilo que eu gostaria não”, disse o mandatário. “O que eu puder fazer… Eu não mando na Petrobras, não tenho ingerência sobre ela, mas o que eu puder fazer a gente faz aí”, completou.

A declaração foi registrada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

Bolsonaro tem mostrado indignação perante o aumento dos combustíveis anunciado pela empresa na semana passada – alta de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel. O acréscimo foi agravado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de 20 dias.

Na terça-feira (15/3), o titular da cadeira presidencial afirmou esperar que agora, com a queda no preço do barril de petróleo tipo Brent, referência internacional, a Petrobras acompanhe a flutuação para baixo.

Petróleo cai abaixo de US$ 100 pela 1ª vez desde início da guerra

“Estamos tendo notícias de que, nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda a certeza, ela fará isso daí”, disse o presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

“Ao que tudo indica, os números de agora, em especial o preço do barril de petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo. Espero que assim seja. E espero que a nossa querida Petrobras retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil”, acrescentou.

General pressionado

Alvo de pressões do presidente da República e dos comandantes das duas Casas do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, o general que comanda a Petrobras, Joaquim Silva e Luna, garante que segue firme no cargo.

“Jamais farei isso [pedir demissão]. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha”, afirmou o general reservista. “Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança”, afirmou Silva e Luna em entrevista ao blog da colunista Andréa Sadi, no G1.

Apesar de não ter feito ameaças diretas de demissão, Bolsonaro tem fritado o aliado ao fazer seguidas críticas à política de preços da Petrobras, empresa de capital aberto, mas comandada pelo governo federal.

Silva e Luna foi indicado para o posto em abril de 2021, após Bolsonaro apresentar divergências com o então presidente, o economista Roberto Castello Branco, justamente em função dos altos preços dos combustíveis.

Reajuste no preço dos combustíveis

O reajuste anunciado pela Petrobras começou a valer na última sexta-feira. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

O GLP, conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1% e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.

Os aumentos ocorrem em meio à disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, puxados pela guerra na Ucrânia.

“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirmou a estatal, em comunicado.

A empresa argumentou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.

O governo federal estuda uma forma de segurar os preços dos combustíveis. A equipe econômica avalia repassar o custo da alta do petróleo no mercado internacional para a estatal ou criar novo programa de subsídios.

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