Bolsonaro vai discursar no “local exato” onde levou facada em 2018

Primeiro ato de campanha vai ocorrer nesta terça-feira (16/8), em Juiz de Fora (MG), onde Bolsonaro sofreu um atentado há quatro anos

atualizado 15/08/2022 13:08

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Presidente Bolsonaro participa da cerimônia alusiva ao Bicentenário da Independência, no Palácio do Planalto Rafaela Felicciano/Metrópoles

No primeiro ato para marcar o início da campanha eleitoral, nesta terça-feira (16/8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai discursar no mesmo local em que sofreu um atentado a faca, na campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Segundo as regras eleitorais, a partir de 16 de agosto, os candidatos estão liberados para realizar comícios, distribuir material gráfico de campanha e divulgar 10 anúncios de propaganda eleitoral.

O presidente e candidato desembarca no aeroporto por volta das 11h, onde terá um encontro fechado com comunidades evangélicas. Em seguida, deve partir em motociata até o local da facada, no calçadão da Halfeld, onde vai discursar de cima de um trio elétrico.

“O presidente vem para cá fazer o seu pronunciamento no local exato onde ele sofreu a facada e teve sua campanha de 2018 interrompida. Ele chega ao meio-dia para fazer o seu pronunciamento, iniciando a campanha pela reeleição no local onde ele nasceu de novo”, disse o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) em vídeo distribuído pelo partido. Engler é um dos aliados envolvidos na organização do ato.

Será a segunda vez que o mandatário retornará à cidade desde que foi vítima de uma facada, em 2018. A primeira ocasião ocorreu em meados de julho deste ano, quando Bolsonaro voltou a Juiz de Fora para participar de um culto evangélico; durante o evento, o mandatário relembrou o atentado sofrido na campanha eleitoral.

“Depois de quase quatro anos, eu retorno a Juiz de Fora. A maioria dos médicos que me viram naquele estado me disseram que, a cada 100 pessoas que levam uma facada daquelas, apenas uma teria chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte; eu acho que é a mão de Deus – ou melhor, eu tenho certeza”, disse o presidente em 15 de julho.

Também na próxima terça-feira, Bolsonaro deve comparecer à posse dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski – que vão assumir, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A solenidade na Corte eleitoral está prevista para ocorrer em Brasília, às 19h.

Ao receber o convite das mãos dos dois magistrados, no Palácio do Planalto, na última quarta-feira (10/8), Bolsonaro confirmou sua presença na cerimônia, segundo relatos obtidos pelo Metrópoles.

Diferença em MG diminuiu

Pesquisa de intenções de voto em Minas encomendada pela Genial Investimentos e realizada pela Quaest, divulgada na sexta-feira (12/8), revelou que a diferença entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro caiu nove pontos percentuais no estado – de 18 para nove. Hoje, Lula tem 42% das intenções de voto dos mineiros, e Bolsonaro, 33%.

Em relação ao último levantamento, o petista caiu quatro pontos (de 46% para 42%), enquanto Bolsonaro cresceu cinco (28% para 33%). Os dados são do cenário estimulado, ou seja, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores.

A facada

Ainda candidato ao Palácio do Planalto, Bolsonaro participava de um comício em Juiz de Fora, em 2018, quando foi esfaqueado na barriga por Adélio Bispo.

Embora a Polícia Federal (PF) tenha apontado que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram conclusivas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável, em razão de doença mental.

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
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Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

Reprodução
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Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

Reprodução
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Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

Reprodução/Twitter
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No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

Reprodução/Instagram
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Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

Rafaela Felicciano/ Metrópoles
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No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

Fábio Vieira/Metrópoles

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