O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse não entender a pressão que o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tem sofrido após seu nome ser cogitado para a Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. “Por que essa pressão em cima de um filho meu. Ele é competente ou não é? Dentro do quadro das indicações políticas, que vários países fazem isso, é legal fazer no Brasil também”, argumentou.
Bolsonaro reafirmou a jornalistas, na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira (18/07/2019), que o Eduardo segue todos os critérios necessários para ocupar o cargo. “Você tem que ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento por ser meu filho. Atende o interesse do público? Qual o grande papel do embaixador, não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende”, justificou.
O chefe do Executivo disse não se importar com pesquisa divulgada nesta quinta sobre a opinião dos brasileiros em relação ao tema. De acordo com o levantamento, 64,9% não concordam. Para Bolsonaro, os mesmos dados mostraram que ele não seria o mandatário da República. “É a mesma fonte que disse que eu não estaria no segundo turno, na Presidência”, comentou.
Por fim, Bolsonaro comparou a situação com o futuro representante da embaixada brasileira ao porte de arma de fogo. “Se eu nomear você, que tem 21 anos, como Ministro da Defesa, pode ser ministro. Mas como você não tem 25, não pode ter porte de arma de fogo. Ou seja, pode comandar as Forças Armadas, mas não portar uma 22 na cintura”, argumentou.
Ao finalizar a conversa com jornalistas, Bolsonaro se defendeu e disse que governos anteriores já nomearam politicamente embaixadores e não foram criticados por tais atos.
