No primeiro dia de expediente no Palácio do Planalto após ao voltar ao Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) despacha com ministros, senadores e deputados para dar musculatura à corrida pela aprovação da reforma da Previdência, após uma quarta-feira (3/4) de derrota. Ao menos seis presidentes de partidos se encontraram com o pesselista.
Responsável pela articulação política do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, coordenará nesta quinta-feira (4) as reuniões com os caciques partidários Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab (PSD), Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Nogueira (PP), ACM Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB).
Essa é mais uma investida de Bolsonaro para costurar o apoio à reforma. O presidente quer agregar os líderes do Centrão à base aliada de apoio às modificações das regras da aposentadoria. Os encontros acontecem um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, defender as mudanças na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Na Câmara, o clima esquentou e Guedes repetiu a importância e a urgência de se aprovar a reforma. Ao todo, parlamentares questionaram o ministro por mais de seis horas. Ele admitiu que o Congresso pode fazer mudanças no texto, mas ainda manteve o discurso de que o projeto deve ser desidratado o mínimo possível para manter o foco de reduzir privilégios como também pôr nos eixos as contas públicas.
No começo da semana, Guedes recebeu na sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, mais de 20 parlamentares. O ministro intensificou o corpo a corpo com o Congresso a pedido de Bolsonaro, que estava em Israel.
Na articulação governista, o presidente recebe os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Na pauta, a tramitação do pacote anticrime e as negociações com ruralista pela Previdência.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, também estará no Palácio do Planalto. Ele completa a lista de ao menos 10 compromissos oficiais do presidente divulgados pela Casa Civil.
