Bolsonaro recebeu empresários fora da agenda para discutir FGTS

Lobby empresarial foi o principal motivo para adiar o anúncio da liberação de saques. Mercado teme agravamento da situação econômica do país

atualizado 19/07/2019 13:31

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O adiamento do anúncio de liberação dos saques do FTGS, previsto para essa quinta-feira (18/07/2019), foi influenciado principalmente pelo lobby de empresários sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Se, de um lado, a pressão de representantes da construção civil, liderada pela Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), chegou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de outro, grandes empresários foram falar diretamente com Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

Após participar de evento no Ministério da Cidadania em homenagem ao Dia Nacional do Futebol, Bolsonaro disse que os empresários “gostaram” das medidas para aquecer a economia. Segundo o presidente, das conversas com empresários da construção civil, o governo manterá o programa de saques. O lançamento é aguardado para quarta-feira (24/07/2019).

O chefe do Palácio do Planalto disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), lhe pediu uma audiência, na qual levou dois empresários preocupados com a perda de receitas, em razão dos saques, do FGTS que financiam obras de habitação.

“Eles (empresários) foram tratar com o Davi Alcolumbre, com toda a certeza, a preocupação com a possível desidratação do FGTS, no tocante ao Minha Casa Minha, Minha Vida. É natural, cada um luta pelo seu espaço”, disse o presidente.

Bolsonaro emendou. “Está mantido o mesmo percentual. Os empresários tiveram lá fora com a equipe econômica, que eu convidei para vir ao palácio (do Planalto), e saíram satisfeitos. E vai ser mantido o programa do FGTS”, acrescentou.

O mandatário do país recebeu, fora da agenda, Rubens Menin, dono da construtora MRV Engenharia, e Ricardo Valadares Gontijo, presidente-executivo da Direcional Engenharia. Os empresários disseram, ao comparar com a liberação feita no governo Temer, que uma nova onda de retiradas agravaria ainda mais a situação no médio e longo prazos.

Já o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ligou para Onyx e reclamou de que o setor não tinha sido consultado pelo Ministério da Economia sobre as mudanças. O empresário acredita que a decisão pode agravar ainda mais a situação financeira das empresas do ramo da construção civil.

Assim que soube da liberação do FGTS, Martins telefonou para Onyx e os dois acertaram um encontro. Na ligação, segundo a reportagem, o ministro-chefe da Casa Civil prometeu colocar o setor em contato com a equipe econômica na segunda-feira (22/07/2019), quando haverá uma reunião para discutir os saques.

“É uma loucura promover redução de R$ 30 bilhões no saldo do FGTS para injetar dinheiro na economia e, na outra ponta, provocar a demissão de 500 mil funcionários do Minha Casa Minha Vida“, explicou Martins.

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