Bolsonaro diz que Nise participou de “verdadeiro tribunal de exceção”

A médica foi ouvida na terça-feira (1º/6) pela CPI. Presidente voltou a reclamar de tratamento dado à ela e defendeu autonomia médica

atualizado 02/06/2021 9:51

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a reclamar do tratamento dispensado à médica Nise Yamaguchi durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na terça-feira (1º/6). O colegiado investiga ações e omissões do governo federal durante a pandemia de coronavírus, e tem ouvido depoimentos de autoridades, ex-ministros e pessoas próximas ao presidente.

Em postagem no Twitter, nesta quarta-feira (2/6), o mandatário afirmou que Nise participou de um “verdadeiro tribunal de exceção”. O chefe do Executivo federal voltou a defender a autoridade e a autonomia médica para receitarem medicamentos.

Além do atraso na compra de vacinas contra a Covid-19, a CPI tem apurado a divulgação, pelo governo federal, de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da doença, tais como a hidroxicloroquina.

Segundo o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nise foi uma das pessoas que tentou consolidar a alteração da bula da cloroquina, para que o remédio recomendasse expressamente a administração em infectados pelo novo coronavírus.

A informação foi confirmada pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, a quem coube barrar a investida de médica. Nise, no entanto, negou.

“Nessa situação, não houve minuta de bula. Eu não fiz nenhuma minuta de bula. Não existiu ideia de mudança de bula por minuta nem por decreto”, afirmou. “Não tinha nada a ver com mudança de bula. Era simplesmente o rascunho de como poderia ser disponibilizada uma medicação que estava em falta”, continuou a médica. “Disponibilização da medicação num momento de pandemia”, concluiu.

“Gabinete paralelo”

Senadores investigam a existência de um suposto “gabinete paralelo” ao Ministério da Saúde — grupo formado por autoridades e especialistas que prestaria assessoramento paralelo ao presidente sobre medidas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Em depoimento, Mandetta afirmou que a médica seria uma das integrantes do suposto “gabinete paralelo”. Questionada pelos senadores, Yamaguchi disse que não participa e que desconhece a existência de tal grupo.

“Desconheço um gabinete paralelo e muito menos que eu integre, sou uma colaboradora eventual. Participo como médica, cientista, chamada para opinar.”

Questionada pelos senadores, a médica ressaltou que “é uma colaboradora eventual de qualquer governo” e nunca teve encontros privados com o presidente Bolsonaro. “Tive um almoço com diversos integrantes, no qual conversei sobre a importância desse tratamento precoce inicial”, frisou.

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