Bolsonaro diz que Fachin “comprovou” que sistema eleitoral é violável

Presidente questionou a apreensão do TSE sobre um ataque hacker às urnas: "Se o sistema eleitoral é inviolável, por que isso é preocupação?"

atualizado 17/02/2022 8:35

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Nesta quarta-feira (16/2) o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a pôr em xeque a segurança das urnas eletrônicas ao dizer que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “comprovou” que o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas não é confiável e pode ser violado.

Durante uma entrevista à Jovem Pan News, o chefe do Executivo federal comentou a preocupação da Justiça Eleitoral sobre uma “guerra contra a segurança no ciberespaço”. 

O futuro presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, disse nessa terça-feira (15/2) que o Brasil sofre riscos de ataques de diversas formas e origens. O ministro chegou a citar a Rússia como exemplo: “A preocupação com o ciberespaço se avolumou imensamente nos últimos meses, e eu posso dizer a vocês que a Justiça Eleitoral já pode estar sob ataque de hackers, não apenas de atividades de criminosos, mas também de países, tal como a Rússia, que não têm legislação adequada de controle”, disse.

Na entrevista, Bolsonaro, que está em Moscou, na Rússia, definiu as declarações do ministro como uma “acusação”. “É triste e constrangedor para mim, que estou em solo russo, receber acusação de como se a Rússia se comportasse como um país terrorista digital”, afirmou.

“O próprio ministro Fachin acaba de comprovar, no meu entender, que ele não tem confiança no sistema eleitoral. […] Eu não sei por que esse desespero gratuito a um país – no qual o chefe de Estado brasileiro está presente –, como se aqui fosse um país que viesse a participar de forma criminosa em eleições no Brasil. Se o sistema eleitoral é inviolável, por que isso é preocupação? Acabaram de comprovar que existe a possibilidade de [a urna] ser violada”, prosseguiu Bolsonaro.

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Eleições “limpas”

Na entrevista desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”. 

“O que eu quero, o que eu entendo que a grande maioria do Brasil, dos cidadãos brasileiros, quer eleições limpas, sem qualquer indício de fraude”, afirmou.

“Nós queremos, sim, que as eleições sejam limpas, sejam transparentes, sejam auditáveis, e tenham uma contagem pública de votos. Isso é pedir muito? Era para o TSE estar abraçado comigo, e não o tempo todo estar atacando”, continuou Bolsonaro.

O presidente ainda disse que a preocupação da Justiça Eleitoral sobre os ataques ao sistema eleitoral mostra “claramente, que o TSE não está preparado para suportar um ataque hacker”.

“Não vou tecer qualquer comentário a mais, porque estou aguardando no momento, como todo o Brasil está aguardando aí, o que as Forças Armadas dirão sobre a documentação que recebeu do TSE. Se procede, se o TSE tem razão. Pode ser que o TSE tenha razão. Ou se não tem razão e o porquê, e aí os próximos passos serão dados pelas Forças Armadas. Lamentável essa declaração do ministro Fachin nesse sentido”, ressaltou Bolsonaro.

Veja:

No ano passado, a Câmara dos Deputados chegou a discutir a implementação do voto impresso, defendido por Bolsonaro, mas a Proposta de Emenda à Constituição foi rejeitada pelos parlamentares e acabou arquivada.

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