Bolsonaro: controle da inflação impede repetir crescimento acima de 4%

Em Fórum de Negócios realizado de forma híbrida no Oriente Médio, presidente gravou declaração sobre assuntos econômicos

atualizado 23/03/2022 12:16

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Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022. Ele tem cabelos curtos, pretos e usa camiseta clara - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

Em gravação exibida durante Fórum Global de Negócios da América Latina, organizado pelos Emirados Árabes Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou a necessidade de controle da inflação para afirmar que o Brasil não deve crescer acima de 4% em 2022.

“Depois de todas as dificuldades dos últimos dois anos, que nos obrigaram a direcionar grande volume de recursos para evitar uma retração econômica e social mais grave, o Brasil voltou a crescer. Após uma retração de 4,1% em 2020, uma das mais moderadas entre todos os países atingidos pela pandemia, nossa economia cresceu 4,6% em 2021”, lembrou o mandatário brasileiro.

A projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, ao fim de 2022 é de 6,59%.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar entre 5% e 2%. Caso se confirme a estimativa do mercado, a inflação deve ficar fora do intervalo pelo segundo ano seguido.

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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PIB do Brasil cresce 4,6% em 2021 e supera perdas da pandemia

“A necessidade de controlar a inflação nos dificulta alcançar o mesmo resultado este ano. Sabemos que não há crescimento sustentado sem pleno controle da inflação. Estamos trabalhando com a cautela necessária para garantir a continuidade do crescimento ao longo dos próximos anos”, prosseguiu ele.

Produto Interno Bruto (PIB) do país encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia da Covid-19. Inicialmente, a queda divulgada havia sido de 4,1%, mas em dezembro do ano passado o IBGE revisou o dado para 3,9%.

Para 2022, a equipe econômica do governo federal prevê um crescimento de 1,5%. A revisão nas estimativas foi divulgada na quinta-feira (17/3). Segundo o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia,  a expectativa é que o PIB brasileiro cresça 1,5% este ano, ante 2,1% esperado anteriormente.

Previsões de crescimento

A previsão da equipe econômica supera as expectativas do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), após consultas a agentes do mercado financeiro.

Na última segunda-feira (21/3), os economistas aumentaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano de 0,50% para 0,49%, bem abaixo do estimado pelo governo federal.

Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Brasil terá crescimento quase zero no corrente ano. Em janeiro, a organização derrubou suas previsões de crescimento da economia brasileira em 2022 de 1,5% (em outubro passado) para 0,3%.

Investimento estrangeiro

Segundo o site do evento, o Brasil deve dobrar o valor do comércio com os Emirados Árabes Unidos para US$ 5,6 bilhões nos próximos cinco anos e aumentar os investimentos mútuos em infraestrutura e agrotech (startups que oferecem soluções tecnológicas para otimizar a produtividade dos produtores rurais).

Bolsonaro ainda garantiu que “não haverá excesso de gastos nem irresponsabilidade fiscal” e convidou os empresários estrangeiros a investirem no Brasil.

Entre os projetos em andamento no país para atrair investimentos, ele citou as privatizações da Eletrobras e dos Correios, o recente leilão da rede 5G e as concessões para uso sustentável de parques nacionais.

Meio ambiente

Bolsonaro também defendeu a política ambiental brasileira e ressaltou o papel do agronegócio.

“Estamos determinados em seguir o caminho do desenvolvimento sustentável e em cumprir integralmente nossos compromissos internacionais de redução de emissões e de eliminação do desmatamento ilegal. Não há outro caminho para a prosperidade. Vamos continuar investindo em fontes renováveis em nossa infraestrutura energética, que já é uma das mais limpas do mundo”, afirmou ele.

“O agronegócio brasileiro é um exemplo para o mundo. Somos produtivos e competitivos, respeitando a natureza. Nossa moderna agricultura de baixo caborno pode produzir alimentos suficientes para alimentar mais de 1 bilhão de pessoas, utilizando apenas 8% do território nacional”, prosseguiu.

A fala de Bolsonaro foi transmitida na madrugada desta quarta-feira (23/3), manhã em Dubai. O Palácio do Planalto não informou a data de gravação do vídeo, que possui duração total de cinco minutos.

O evento é promovido pela Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, em parceria com a Expo 2020 Dubai, exposição universal que ocorre nos Emirados. O fórum ocorre em formato híbrido, com participações presenciais e falas transmitidas por vídeo.

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