Áudio atribuído a Miranda provoca reação na CPI: “Testemunha plantada”

Oposição diz que gravação teria sido "plantada pelo depoente" para tumultuar os trabalhos do colegiado e colocar Miranda em suspeição

atualizado 01/07/2021 12:45

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Luis Miranda Pedro França/Agência Senado

O áudio mostrado pelo representante da Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira, e atribuído ao deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), provocou reação de opositores e governistas na CPI da Covid. Segundo senadores da oposição, a gravação teria sido “plantada pelo depoente” para tumultuar os trabalhos do colegiado e colocar em suspeição o congressista.

“Essa testemunha foi plantada aqui. Tem que dar voz de prisão a este depoente. Esse senhor nunca fez contrato nenhum com Ministério da Saúde”, disparou o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que não é membro da comissão, mas participa ativamente do depoimento.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), da base aliada do governo federal, disse que a oposição acusou os governistas de “prepararem as testemunhas”. “O depoente está aqui em razão de notícias que foram veiculadas e a convocação não foi feita pela base do governo. Foi feita acusação aqui”, disse.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) respondeu a Rogério: “Ninguém acusou a base do governo de plantar testemunha e de preparar testemunha”. E a senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina no Senado, continuou: “Por que os governistas estão defendendo alguém que acusa o governo de corrupção?”.

O presidente da CPI da Covid afirmou que conversou com Miranda sobre o áudio.

“Ele disse que esse áudio é de 2020, de negociação nos Estados Unidos, nem se falava em vacina. Disse que esse áudio está editado para prejudicá-lo, foi levar o áudio à polícia (não informou qual) fazer uma denúncia crime e vai dispor para a gente a edição do áudio”, defendeu Aziz, dizendo que Dominguetti foi “foi induzido até a falar no irmão do deputado”, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

Áudio

O vendedor destacou que, após protocolar proposta de venda no Ministério da Saúde, diversos assessores e parlamentares passaram a procurar a empresa para se oferecer como intermediador das negociações.

“Tenho informação que parlamentar tentou negociar busca por vacinas dentro da Davati. Isso eu tenho. A informação que tenho é de um: o que aqui que fez acusação contra o presidente da República”, declarou o vendedor, referindo-se a Miranda.

Ao ser questionado se seria o deputado Luis Miranda, Dominguetti confirmou. “Sim, senhor, excelência. [Luis Miranda] Procurou a Davati, [e] o Cristiano [Alberto Carvalho, procurador da empresa], tentando negociar a compra de vacinas”, respondeu

Segundo Dominguetti, Cristiano Carvalho relatou para ele que, “volta e meia, parlamentares o procurava e quem o mais incomodava era o deputado Luis Miranda, que era mais insistente”.

“Cristiano me enviou um áudio pedindo uma live, que tinha um cliente dele mais recorrente que comprava pouco e em menor quantidade, mas que poderia colocar a vacina para rodar”, disse o vendedor e disponibilizou o áudio. Senadores questionaram trechos do áudio.

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Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti na CPI da Covid-19, no Senado
Luiz Dominguetti, representante da Davati
Dominguetti denunciou suposto pedido de propina por parte de integrante do Ministério da Saúde
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Luiz Dominguetti na CPI da Covid

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Luiz Dominguetti na CPI da Covid-19, no Senado

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Luiz Dominguetti, representante da Davati

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Dominguetti denunciou suposto pedido de propina por parte de integrante do Ministério da Saúde

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Luiz Dominguetti na CPI da Covid

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Luiz Dominguetti é ouvido na CPI da Covid

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Dominguetti chega à CPI

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Depoimento de Dominguetti foi antecipado

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Senador Flávio Bolsonaro na CPI da Covid

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Dominguetti afirmou à jornalista Constança Rezende, do jornal Folha de S.Paulo que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, teria pedido a propina de US$ 1 por dose de vacina, no dia 25 de fevereiro. Dias foi exonerado nessa quarta-feira (30/6).

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