Atual ministro da Cultura é contra fusão da pasta com Educação

Sá Leitão propõe ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, outro arranjo, reunindo Cultura, Esporte e Turismo

atualizado 31/10/2018 20:57

Compartilhar notícia
Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, divergiu da extinção da pasta e sua incorporação ao Ministério da Educação, propostas pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). O titular da Cultura defendeu outro destino para o órgão que dirige, em uma nova estrutura espelhada em exemplos de países desenvolvidos. A posição foi manifestada nesta quarta-feira (31/10), em nota divulgada pelo dirigente do MinC.

No texto, o ministro cita algumas experiências internacionais: no Reino Unido, a pasta congrega cultura, esporte e mídia; na Coreia do Sul, cultura, esporte e turismo; em Israel, cultura e esportes; na Alemanha, cultura e mídia; na Austrália, comunicações e artes; e na Dinamarca, cultura, esporte, mídia e direitos autorais.

“A junção de Educação, Cultura e Esporte, por sua vez, tem um paradigma que não me parece adequado: Guiné-Bissau”, pontuou Sá Leitão. O gestor é o terceiro ministro da equipe de Michel Temer a questionar ou fazer ponderações sobre os anúncios e propostas em debate pela gestão Bolsonaro. Tanto o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, quanto o da Agricultura, Blairo Maggi, apresentaram reticências à fusão das duas pastas na próxima gestão do Executivo federal.

Sá Leitão argumentou que os modelos institucionais “mais avançados” no mundo são aqueles que combinam a gestão da política cultural contemporânea, o desenvolvimento da economia criativa, a afirmação simbólica do país, a proteção de direitos autorais e o fomento às artes.

Em termos de estrutura, esses modelos mais desenvolvidos em geral integram a área da cultura com esporte e turismo, podendo também agregar a de mídia. “Assim, se houver de fato a redução do número de ministérios, minha sugestão é a criação do Ministério de Cultura, Esporte e Turismo”, defendeu o ministro, que mencionou como exemplo desta combinação o caso da Coreia do Sul.

De acordo com Sá Leitão, este arranjo reuniria áreas de investimento “com alto potencial de retorno”, conjugaria pastas com o mesmo tamanho (evitando a noção de “extinção” de alguma delas), trabalharia com três segmentos que lidam com a “afirmação simbólica” do país e que estão relacionadas à “economia criativa”.

Setores da sociedade também criticam o novo arranjo ministerial em elaboração pela equipe do presidente eleito. Prefeitos divulgaram nesta quarta-feira nota manifestando posição contrária à extinção do Ministério das Cidades. As críticas foram inauguradas nesta terça (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que se posicionou contra a extinção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar