Ao ser questionado sobre a demora na liberação da verba emergencial de R$ 600 para socorrer famílias mais vulneráveis obrigadas a ficar em isolamento, o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, considerou a velocidade do governo “extraordinária”.
“Se você estudar e ver o histórico, a velocidade com que estão sendo tomada as providências, eu acho que é uma coisa extraordinária nova que está acontecendo no país”, disse Braga Netto, em entrevista no Palácio do Planalto.
A Renda Básica de Emergência, que ficou conhecida como “coronavoucher”, já estava sendo negociada entre parlamentares e governo desde o início do mês de abril, quando chegaram ao Brasil os primeiros casos do novo coronavírus. Tanto a Câmara quanto o Senado tomaram providências para que ela fosse aprovada o mais rapidamente possível.
O governo vem sendo criticado por parlamentares e economistas por não ter preparado a rede de distribuição dos recursos e pela demora na sanção e publicação da medida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Tudo isso foi debatido, mas essa questão do dinheiro, isso aí eu pediria que vocês estudassem um pouco mais como é feito o desembolso de dinheiro do governo federal”, disse o ministro,mostrando irritação com os questionamentos feitos pelos jornalistas.
“Existe um rito que tem que ser observado, que produz uma série de responsabilidades, que você pega os CPFs. Eu não estou falando das lideranças, mas dos técnicos e de todos aqueles que estão envolvidos no processo”, alegou o ministro.
Apesar de não ter sido publicada, Braga Netto disse que a medida foi sancionada e que deve aparecer em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta quinta-feira.
“Os R$ 600 foram sancionados ontem (quarta-feira, dia 1º de abril). Simplesmente, em virtude do rito, o técnico tem que está amparado na hora que tem que ser feito. A publicação está saindo hoje, se já não saiu”, disse Braga Netto.
“Todas as medidas foram tomadas. Eu não vou falar em data, mas será disponibilizado dentro da maior flexibilidade possível. Não houve problema de despreparo ou descaso por parte do governo federal”, avaliou o ministro.
