Após fala de Bolsonaro, Pacheco envia carta para embaixador da China

Recentemente, chefe do Executivo nacional insinuou que país asiático teria criado o novo coronavírus para uma "guerra química"

atualizado 07/05/2021 16:44

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Coletiva de imprensa do comitê de combate a covid no plácio do planalto Coletiva de imprensa do comitê de combate a covid no plácio do planalto na foto rodrigo pacheco Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou, nesta sexta-feira (7/5), uma carta ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, reforçando a necessidade de união entre os países para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. 

A manifestação de Pacheco ocorre após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinuar que o país asiático teria criado o vírus para uma “guerra química“. A fala repercutiu negativamente entre parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados.

Na carta, o presidente do Senado convida o embaixador para visitar a Casa. O convite, segundo o senador, seria para “adensar a parceria estratégica global entre os países”.

Pacheco disse que é preciso “ampliar a colaboração bilateral sino-brasileira em todos os terrenos: ciência, tecnologia, comércio, investimento”. “Esforço que requer diálogo ainda mais intenso e aprimoramento constante”, enfatiza.

O presidente do Senado reiterou, no documento, que as nações possuem “parceria de grande qualidade”, que tem “caracterizado nossas relações bilaterais”.

“Brasil e China temos grandes massas territoriais e populações. Tempos, igualmente, fronteiras com grande número de países. Esses pontos de coincidência nos levam a adotar uma conduta externa responsável e construtiva”, apontou.

“Diante da crescente conscientização de nossas vulnerabilidades individuais frente a urgentes desafios como o combate à pobreza, doenças e ao aquecimento global, precisamos de mais convergência entre nações e de uma configuração internacional voltada para maior cooperação”, completou o senador.

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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falam à imprensa após 2ª reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19
Pacheco e Queiroga
Pacheco e Queiroga
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falam à imprensa após 2ª reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19
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Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

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Coletiva sobre a reunião do comitê de combate à Covid-19. Presidente da Câmara, Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

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“Guerra química”

As declarações de Bolsonaro ocorreram na quarta-feira (5/5), no Palácio do Planalto, durante a abertura da Semana das Comunicações – iniciativa do ministro das Comunicações, Fábio Faria, em alusão à data que celebra, nacionalmente, o tema.

A afirmação contraria os dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade frisa que o novo coronavírus provavelmente teve origem animal. O Sars-Cov-2 foi detectado inicialmente no país asiático.

“Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, insinuou Bolsonaro. Apesar de o presidente não ter citado nomes, a China foi o único país a crescer durante 2020, com um aumento de 2,3% em seu Produto Interno Bruto (PIB).

Relação conturbada

Desde o início da pandemia, Bolsonaro insiste em afirmar que a China é responsável pela proliferação do coronavírus. O discurso foi o mesmo adotado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Para o Brasil, a China continua sendo o maior parceiro comercial.

Um dos exemplos das investidas do presidente contra o país asiático foi a comemoração da suspensão dos testes da vacina do laboratório chinês Sinovac após o registro de um “evento adverso” com um voluntário. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu no Twitter.

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