A estimativa traçada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a reforma da Previdência economizará R$ 1 trilhão em 10 anos está ameaçada com a abertura da proposta a alterações. Segundo o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (PSL-SP), as alterações devem ser feitas com a “calculadora na mão, sabendo que cada concessão vai desidratar a economia”.
Apesar da preocupação da equipe econômica, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), se diz “preocupado com o lado humano” da reforma e faz questão de ter um diálogo aberto.
Segundo o parlamentar, o governo vai insistir em defender o texto na íntegra, mesmo sabendo que há “ansiedades” com a aposentadoria rural e a idade mínima. Ele contou que a equipe da Previdência está flexível, mas quer manter a estimativa de R$ 1 trilhão em 10 anos.
Questionado sobre o texto dos militares, o senador afirmou que a carreira é “muito complexa e já houve perdas”, ao se referir a medidas provisórias que alteraram benefícios dos militares, como a MP 2215, que interrompeu a promoção automática dos reservas, o auxílio-moradia e o adicional de inatividade dos militares. “Essa construção deve ser cuidadosa”, completou.
O líder informou que as tramitações do assunto só vão continuar depois do recesso de Carnaval, pelo secretário-especial da Previdência, Rogério Marinho (PSDB-RN).
