O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu suspender, na última quarta-feira (22/04), os prazos regimentais de comissões temporárias e mistas durante a pandemia do novo coronavírus. Assim, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News não tem data definida para o fim dos trabalhos.
No início do mês, mesmo sob articulação contrária do governo federal, a CPMI já havia sido prorrogada por 180 dias. Este prazo extra, contudo, só passará a contar quando findar a pandemia. O pedido de suspensão foi feito pelo presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA).
Na última segunda-feira (20/04), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), para derrubar a prorrogação. Ele e os demais membros da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alegam que o objetivo da comissão seria, na verdade, perseguir apoiadores do bolsonarismo.
O vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro também foi ao Twitter na última terça-feira (21/04) acusar a CPMI de, supostamente articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não fazer “porcaria nenhuma em prol do Brasil a não ser dar palanque político a vagabundos que querem inventar qualquer motivo boçal para justificar por mais uma via, derrubar o Presidente Bolsonaro”.
Antes de ser prorrogada, a CPMI foi alvo de articulação contrária até do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), que ligou a congressistas para pedir que eles não assinassem o pedido de alongamento dos prazos. À época, ele alegou ao Metrópoles que “qualquer outra matéria que não seja de enfrentamento ao coronavírus” seria um “desserviço” ao Parlamento.
É muita canalhice coordenada por Botafogo e seus asseclas nesta dita CPMI que não faz porcaria nenhuma em prol do Brasil a não ser dar palanque político a vagabundos que querem inventar qualquer motivo boçal para justificar por mais uma via, derrubar o Presidente Bolsonaro.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 21, 2020
