Ao deixar a presidência do PSDB nesta sexta-feira (31/05/2019), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), apoiado pelo atual governador do estado, João Doria, nas eleições de 2018. Alckmin chamou Bolsonaro de “oportunista” e disse ser desleal a postura do chefe do Executivo de jogar a população contra as instituições.
Alckmin se dirigiu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava presente ao evento, se solidarizando. Maia foi vítima de ataques de apoiadores de Bolsonaro durante as manifestações na semana passada.
“Tem a minha solidariedade, Rodrigo Maia, desses oportunistas, políticos por 30 anos, ele e a família inteira, e numa deslealdada vem atacar a vida dos homens públicos, jogando a sociedade contra as suas instituições”, disse.
Alckmin, incluiu o PT, como de costume, em suas críticas, mostrando que apoia a construção de uma via de centro para a sucessão de Bolsonaro.
“Não temos duas verdades: a extrema direita e a extrema esquerda. Temos duas grandes mentiras: o petismo e o bolsonarismo”, afirmou Alckmin.
O governador cobrou coragem do partido para tecer críticas ao atual governo. “Onde é que está a agenda de competitividade desse governo? Vamos ter coragem de criticar. Pôr o dedo na ferida”, disse o governador que recorreu a Santo Agostinho para exemplificar a postura que espera do PSDB nos próximos anos. “Santo Agostinho dizia ‘prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem'”.
“Ganhar ou perder eleições é do momento, é das circunstâncias. Às vezes, se aprende mais na derrota do que na vitória”, disse Alckmin.
