O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, informou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não comentará a Operação Desintegração da Polícia Federal que fez busca e apreensão nos endereços do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Segundo Barros, o presidente só deverá falar sobre o caso depois que voltar da viagem a Nova York, nos Estados Unidos, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O presidente não vai comentar os fatos relativos a essa operação, ele tem o foco direcionado exclusivamente à ONU”, disse Rêgo Barros, após informar sobre a saúde de Bolsonaro, que passou por avaliação médica nesta sexta-feira (20/09/2019).
Nessa quinta-feira (19/09/2019), após a operação, o chefe do Executivo recebeu no Palácio da Alvorada o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fora da agenda oficial. O conteúdo da conversa não foi divulgado oficialmente.
O governo tem silenciado sobre o assunto e a palavra de ordem é “esperar”. O único a se pronunciar até agora foi o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). Segundo Onyx, para o governo, a situação de Fernando Bezerra ainda é indefinida e ele vai conversar com o presidente Bolsonaro sobre o assunto, no fim de semana.
Bezerra colocou o cargo à disposição nessa quinta-feira (19/09/2019), após ser alvo de operação da PF que investiga vantagens indevidas pagas a autoridades. “A posição do nosso governo é a de aguardar os acontecimentos. Eu estou sendo informado agora de que ele colocou o cargo à disposição. No fim de semana, vou conversar com o presidente e vamos ver que atitude vai ser tomada”, sinalizou.
Segundo Onyx, o governo tem ciência de que os fatos se referem à “vida pregressa” de Fernando Bezerra, que foi ministro da Integração Nacional no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Para Onyx, Bezerra deverá dar explicações às autoridades.
“Neste momento, nós temos só que aguardar. É uma questão individual dele, da vida pregressa dele, que vai ter que esclarecer perante as autoridades”, observou o ministro, após participar de uma palestra em Porto Alegre.
