O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou que famílias do assentamento Fabio Henrique, em Prado, no litoral da Bahia, foram vítimas de um atentado na manhã desse domingo (31/10).
A organização aponta que a ação foi coordenada por grupos bolsonaristas. Não houve registro formal, contudo, na delegacia da cidade.
De acordo com o MST, cerca de 20 homens encapuzados e fortemente armados atiraram em direção aos trabalhadores que estavam em assembleia no assentamento. O grupo criminoso teria ateado fogo em dois ônibus dos agricultores, depredado casas e atirado contra três carros de passeio.
“Fizeram alguns trabalhadores reféns e com armas de fogo apontadas na cabeça exigiam que os mesmos localizassem os dirigentes do MST”, relatou o movimento, em nota.
Ainda segundo o MST, vários trabalhadores, durante o atentando, foram perseguidos e tiveram que adentrar em meio à mata de eucalipto próxima ao assentamento. O movimento acusa os criminosos de serem ligados a grupos bolsonaristas na região.
As polícias Militar (PMBA) e Civil da Bahia (PCBA) foram acionadas, assegurou a organização.
Procurada, a PCBA informou ao Metrópoles, contudo, que não foi realizado nenhum registro formal na Delegacia Territorial de Prado sobre o ataque. “As nossas equipes estão à disposição das vitimas para apurar o fato casos eles queiram registrar a ocorrência”, complementou a corporação.
A PMBA também foi procurada pela reportagem, e informou o seguinte:
“Segundo informações da 88ª CIPM, por volta das 08h30, do dia 31/10/2021, policiais militares da unidade foram acionados via CICOM, a fim de atenderem a uma ocorrência de disparos de arma de fogo e incêndio a veículos automotores no Assentamento São João/Rosinha do Prado”.
“No local, a guarnição constatou o fato, mas até o momento ninguém foi preso. O policiamento foi reforçado na região”.
O grupo armado atirou em direção aos trabalhadores que estavam reunidos no momento em uma assembleia. (…)+ pic.twitter.com/DyGDitfKr5
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Fizeram alguns trabalhadores reféns com armas de fogo apontadas na cabeça, exigiam que os mesmos localizassem os dirigentes do MST. (…)+ pic.twitter.com/vmXRLjMnvr
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Para a Direção Nacional do MST, o atentado faz parte de uma ação coordenada, com apoio de grupos bolsonaristas a nível local e nacional, que financiam e recrutam milicianos, com objetivo específico de atacar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. (…)+ pic.twitter.com/BkEGIh5Pis
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O MST está em contato com Secretaria de Segurança Publica da Bahia, que está ciente dos fatos e acompanhará o caso. A Policia Militar está no local. Um Boletim de ocorrência foi registrado.#BastaDeViolênciaNoCampo #TodosPelaReformaAgrária #QuarentenaSemTerra #ForaBolsonaro pic.twitter.com/RvWAc1BjdE
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