A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quarta-feira (24/1), nos Estados Unidos, a mulher de Glaidson dos Santos, o “Faraó das Bitcoins”. A venezuelana Mirelis Diaz Zerpa acabou detida em Chicago. Ela estava ilegal no país. As informações são do G1.
Ela e Glaidson são acusados de comandar esquema que movimentou cerca de R$ 38 bilhões e lesou investidores em criptomoedas. Uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal estimou que Mirelis, Glaidson e demais sócios da GAS Consultoria tenham movimentado cerca de R$ 38 bilhões em um esquema conhecido como pirâmide financeira e lesado investidores de criptomoedas.
Além disso, desde 2021 até agora, Mirelis sacou mais de R$ 1,2 bilhão de bitcoins. Parte desse dinheiro foi usado para comprar um avião, um Rolls Royce e movimentar a carreira de DJ.
Havia contra Mirelis um mandado de prisão em aberto pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu a partir de uma colaboração entre a Polícia Federal, o U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e o Serviço Secreto norte-americano.
O Faraó das Bitcoins está preso desde a Operação Kryptos.
Live sobre arte
Mirelis estava foragida desde 2021. Em outubro de 2023, ela fez uma live, direto dos Estados Unidos, para falar da então nova paixão: uso da inteligência artificial nas artes e música. “Irei criar mais conteúdo, conteúdo de artes e, por enquanto, sigo por aqui, ouvindo minhas músicas”, disse Mirelis ao encerrar a live.
Na conversa com os seguidores, houve quem cobrasse o dinheiro perdido em investimentos, quem a chamasse para novos negócios e quem a xingasse. Fora da live, Mirelis postou um conteúdo indicando um texto sobre criptomoedas e investimento em seu canal no YouTube.
Outro lado
Em nota, a defesa de Mirelis alega que, em 20 de dezembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ordem de habeas corpus a ela, entendendo que o decreto de prisão é ilegal, fixando medidas cautelares em substituição à prisão.
“A defesa de Mirelis Diaz confia que o episódio de sua detenção seja efetivamente e exclusivamente em razão de qualquer irregularidade sanável quanto ao seu procedimento de migração e não imagina
que a ousadia do Juízo não tenha chegado a mais um descumprimento das ordens do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.”
