Goiânia – Pelo menos 20 adolescentes com menos de 18 anos foram vacinados contra a Covid-19 em Goiás. Até a última quarta-feira (3/2), a Secretaria Estadual de Saúde (SESGO) havia identificado pessoas com menos de 17 anos que receberam a imunização.
Conforme a secretaria, todos eles são prestadores de serviços trabalham em unidades de saúde, principalmente na recepção de pacientes e atividades gerais.
Ainda que estejam na linha de frente de combate à pandemia, sob grande risco de contaminação, o protocolo não indica vacinação deste público. As vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até agora são contraindicadas a esse grupo.
A contraindicação ocorre pelo fato de que não existe estudo clínico sobre segurança e eficácia na faixa etária.
A Secretaria de Saúde teria expedido, ainda esta semana, documento aos municípios goianos recomendando somente vacinar os jovens prestadores de serviço que já tenham completado 18 anos. A pasta reforça que essa orientação é importante e que deve ser seguida enquanto não existirem estudos que comprovem a eficácia da vacina para os grupos etários.
O Instituto Butantan, que produz doses da Coronavac no Brasil, divulgou que tem planos de iniciar um estudo da fase 3, que engloba adolescentes, crianças e gestantes. No entanto, a aplicação das vacinas para estes grupos não podem ser liberados pelo Ministério da Saúde enquanto não existirem resultados seguros.
Doses
Levantamento feito na quinta (5/2) indicou que o Estado de Goiás recebeu 278.480 doses, sendo 212.980 da CoronaVac e 65.500 da AstraZeneca. Destas, foram distribuídas 155.780 doses, sendo 90.280 da Coronavac e 65.500 da AstraZeneca.
Além de profissionais de saúde da linha de frente, alguns municípios, inclusive, começaram a vacinar idosos acima de 85 anos, como é o caso de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.
Com relação à incidência da doença, até quinta, já tinham sido confirmados 357.672 casos em Goiás, com 7.643 mortes em decorrência de Covid-19. Parte dessas mortes é de pacientes transferidos do Amazonas, que está em crise sanitária. A taxa de letalidade é de 2,14%. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 343.702 foram recuperadas da doença no estado.
