Parlamentares da base do governo comemoraram, nesta segunda-feira (29/1), a operação da Polícia Federal (PF) que teve o vereador Carlos Bolsonaro (PL) como um dos alvos. A corporação cumpriu mandados de busca e apreensão para apurar o funcionamento da chamada “Abin paralela”, que monitorou ilegalmente diferentes alvos durante a gestão de Alexandre Ramagem no órgão de inteligência.
Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que os bolsonaristas atacam e vigiam adversários por meio do chamado “gabinete do ódio” e da “Abin paralela”. “Sabe Deus mais o que envolve essa família”, escreveu.
A PF chegou a apreender, com o vereador, um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A corporação suspeita que Carlos Bolsonaro recebia indevidamente as informações coletadas pela equipe que usava o software espião.
“Temos o dever de limpar a política brasileira deste grupo de milicianos que desprezam a democracia”, afirmou o também deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), que é pré-candidato a prefeito de São Paulo.
Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu uma reformulação da agência de inteligência. “Na reabertura do Congresso, devemos debater e votar um novo órgão que sirva ao Estado e não a pessoas”, defendeu.
A deputada Erika Hilton (PSol-SP) disse que a operação que mirou Carlos Bolsonaro “tem que chocar a todos”. “E não é qualquer vereador do Rio: é alguém que homenageou milicianos e assassinos, criava e espalhava fake news e incitava ataques ao judiciário e ao processo eleitoral”, completou a parlamentar.
