Pai de oficial da Abin preso pela PF tentou contrato com o Exército

Servidor da Abin era suspeito de ser real dono da empresa do pai e foi investigado internamente. Para evitar demissão, teria chantageado

atualizado 20/10/2023 15:30

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Lula foto colorida de carro da Polícia Federal em frente a Abin - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles@hugobarretophoto

Edson Izycki, pai do oficial preso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Eduardo Arthur Izycki, é dono de uma empresa que tentou contrato com o Exército Brasileiro. Eduardo foi investigado internamente por causa dessa empresa no nome do pai e teria chantageado colegas para não ser demitido.

O oficial da Abin foi preso nesta sexta-feira (20/10) pela Polícia Federal (PF), em uma operação sobre um esquema de espionagem ilegal.

A empresa Icciber Segurança Cibernética, do pai de Eduardo, tentou contrato com o Exército em 2018, para prestar um serviço na área de soluções de exploração cibernética e web intelligence, justamente áreas de atuação de Eduardo dentro da Abin.

Por causa dessa situação, Eduardo passou a responder a um processo administrativo dentro da Abin. Ele estava prestes a ser demitido e teria tentado reverter essa situação ameaçando colegas de vazar a existência de um esquema de espionagem ilegal dos celulares de autoridades, segundo a PF.

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Eduardo Arthur Izycki trabalhava como oficial de Inteligência da Abin
Rodrigo Colli, profissional da área de Contrainteligência Cibernética da Abin que foi preso
Diretor da Abin Paulo Fortunato, afastado por decisão judicial
Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
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Abin foi alvo de operação da PF após vazamento

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Eduardo Arthur Izycki trabalhava como oficial de Inteligência da Abin

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Rodrigo Colli, profissional da área de Contrainteligência Cibernética da Abin que foi preso

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Diretor da Abin Paulo Fortunato, afastado por decisão judicial

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Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

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O outro servidor da Abin preso pela PF, Rodrigo Colli, também respondia a processo administrativo e também teria chantageado colegas para se livrar de uma demissão.

Além das duas prisões, a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão. Cinco diretores da Abin foram afastados, entre eles o número três na hierarquia da instituição, o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato Pinto.

Respostas

A Icciber Segurança Cibernética foi extinta em 2019 e não chegou a fechar contrato com o Exército Brasileiro. A reportagem tentou contato com Edson Izyck, pai do oficial da Abin preso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

O Metrópoles também tenta localizar a defesa dos dois servidores da Abin presos e também entrou em contato com o Exército Brasileiro. O espaço segue aberto.

Em nota divulgada nesta sexta, a Abin informou que o software de espionagem investigado pela Polícia Federal deixou de ser utilizado em maio de 2021 e que desde fevereiro deste ano há uma investigação interna sobre irregularidades no uso desse programa.

Informações colhidas nessa sindicância foram compartilhadas com a PF e o STF, segundo a agência de inteligência. Além disso, os afastamentos temporários de servidores determinados pela Justiça foram cumpridos.

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