Goiânia – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta terça-feira (15/6), na capital goiana, onde cumpre agenda em companhia do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que não é necessário que os professores estejam completamente imunizados contra a Covid-19 para que as aulas presenciais sejam retomadas.
Segundo Queiroga, o assunto será abordado em reunião na quarta-feira (16/6) do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, com participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos presidentes da Câmara e do Senado Federal.
“Vamos levar esse tema de retorno às aulas. Não é necessário que os professores estejam completamente imunizados. É possível voltar com segurança, através de um programa de testagem”, disse o ministro.
O assunto foi abordado após intervenção do médico e deputado federal Zacharias Calil (DEM/GO). Ele expôs que esse tem sido um dos tópicos frequentes de discussão na Comissão Externa da Câmara Federal. “As crianças estão entrando em um quadro de depressão, e está muito sério”, argumentou Calil.
Síndrome da gaiola
Conhecido pelos estudos e pelas cirurgias de separação de gêmeos siameses, Zacharias citou um fenômeno que, segundo ele, vem acometendo crianças e adolescentes, ao qual ele chama de síndrome da gaiola.
“As crianças estão com medo de voltar para a escola. Por que síndrome da gaiola? O pássaro está preso. Você abre a gaiola, e o pássaro não quer sair. É o que está acontecendo com os adolescentes do Brasil”, explica.
O governador Ronaldo Caiado aproveitou a oportunidade para reafirmar o plano de retomada das aulas na rede pública estadual de Goiás no dia 2/8. A expectativa é vacinar todos os professores até o final de julho pelo menos com a primeira dose.
Queiroga passou a tarde em Goiânia, onde visitou a reinauguração do Hemocentro de Goiás e esteve, também, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Jardim América, que é um dos pontos de vacinação da capital.
