Monark pode ser preso por apologia ao nazismo, indica MPSP

Ministério Público de São Paulo está investigando o ex-apresentador do podcast Flow. Se for condenado, a pena de prisão varia de 1 a 3 anos

atualizado 10/02/2022 17:52

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Monark do Flow Podcast Reprodução/ Youtube

São Paulo – Investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por defender a existência de um partido nazista “reconhecido pela lei”, Monark pode ser preso por apologia ao nazismo.

O Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi), do MPSP, instaurou o procedimento na terça-feira (8/2). A investigação está sob a responsabilidade da promotora de Justiça Maria Fernanda Balsalobre Pinto.

Caso o ex-apresentador do podcast Flow seja denunciado e condenado, a pena de prisão varia de 1 a três anos. Monark é suspeito de praticar racismo, crime que segundo a Constituição é inafiançável e imprescritível.

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Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles
Monark disse sentir "simpatia" por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília
Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma
Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark
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Um dia após o ocorrido, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu denúncia contra o apresentador, que solicita a abertura de processo criminal contra ele

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Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles

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Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias

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“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”

 

Investigação civil

Portaria do MPSP indica a abertura de inquérito civil por apologia ao nazismo e discriminação contra judeus. “O conteúdo nazista e antissemita é inquestionável”, consta no texto.

O documento menciona ainda que a postura de Bruno Aiub pode ser considerada crime de divulgação e proselitismo do nazismo. “O discurso discriminatório contra judeus excede os limites da liberdade de expressão”, afirma a portaria. 

O Ministério Público vai averiguar possível existência de dano moral coletivo e dano social. Além de Monark, o inquérito civil incluiu os responsáveis da empresa Flow Podcast.

Investigação criminal

O MP-SP também enviou a portaria para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) a fim de solicitar a abertura de inquérito policial. 

O pedido de investigação pela polícia se justifica por possível enquadramento da conduta de Monark no artigo 20 da Lei nº 7.716/89.

A legislação trata do crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Se condenado nesse inquérito, Monark poderia ficar preso pelo período de 1 a três anos e ainda pagar multa.

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