O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoverá, nesta quarta-feira (8/1), um ato em memória dos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes antidemocráticos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. De férias, ministros vão interromper o descanso para prestigiar o evento.
Como mostrou o Metrópoles, o presidente autorizou as férias de 18 ministros entre o final de dezembro e janeiro, sendo que 13 deles estariam afastados do cargo no dia do ato. O chefe do Executivo chegou a fazer um apelo aos ministros, durante um almoço de confraternização em dezembro, para que participassem da cerimônia.
Anielle Franco (Igualdade Racial), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Cida Gonçalves (Mulheres) confirmaram que estarão no evento, mesmo durante o recesso. Também foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a interrupção das férias dos ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral a União) e Nísia Trindade (Saúde).
O ministro Fernando Haddad (Fazenda), por sua vez, teve o período de descanso cancelado. Segundo a pasta, a medida foi tomada diante da recuperação de Ana Estela, esposa do ministro, que passou por um procedimento cirúrgico no fim de 2024.
Carlos Lupi (Previdência Social), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Juscelino Filho (Comunicações) não devem comparecer, em razão das férias.
O Metrópoles também procurou as assessorias dos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Jader Filho (Cidades) sobre a participação no ato durante o afastamento, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Ato
Lula planeja uma série de atos para relembrar os eventos de 8 de Janeiro. Segundo a Secretaria de Comunicação Social, estão previstos quatro momentos durante a cerimônia. Nos dois primeiros, serão entregues obras de arte que foram danificadas durante o ataque e passaram por restauração.
Depois, haverá uma cerimônia com a presença de autoridades no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Por fim, o presidente se junta a representantes dos demais Poderes e público para um “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes.
