Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia do presidente Lula (PT), defendeu nesta quarta-feira (16/10) a exploração de petróleo na Margem Equatorial, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte até o Amapá e conta com cinco bacias. A área inclui a foz do Rio amazonas e é considerada sensível do ponto de vista ambiental. A Petrobras tem estudado a possibilidade de exploração de petróleo durante toda a extensão.
O ministro justificou que o momento atual é de transição e adaptação às mudanças climáticas.
“Eu defendo a [exploração de petróleo na] Margem Equatorial porque é transição, não é mudança”, afirmou ele em coletiva de imprensa, em Brasília. Silveira tem defendido que o Brasil seja “the last oil producer standing” (o último produtor de petróleo do mundo), o que se choca com a posição majoritária internacional de descarbonização e também com o entendimento adotado pelas alas ligadas ao meio ambiente no governo federal.
“Enquanto o mundo consumir, quem tem vai vender. Se o Brasil não quiser vender, deixa o dele enterrado e deixa a Arábia Saudita vender e pagar US$ 8 mil, em média, de salário mínimo, e deixa o povo brasileiro enterrado na miséria e na fome”, completou ele.
“Essa é a matriz energética do mundo? O Brasil é fornecedor, não importador”, finalizou.
Assista:
A possibilidade de conciliar exploração de petróleo (ou ao menos os testes para medir o potencial da região) e preservação do meio ambiente é questionada por especialistas. Por outro lado, cenários indicam que os hidrocarbonetos estarão presentes na economia mundial por mais 40 ou 50 anos.
