Metrópoles revelou reuniões de Braga Netto em “QG do golpe” em 2022

Portal adiantou que local servia para encontros do general Braga Netto com políticos aliados e militantes bolsonaristas que defendiam golpe

atualizado 08/02/2024 11:22

Compartilhar notícia
vídeo General Braga Netto, durante coletiva de imprensa - metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

A coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou com exclusividade, em novembro de 2022, que a casa no Lago Sul de Brasília que foi alugada para sediar o comitê da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição funcionava como um “QG do golpe”.

O local servia como centro de encontros de apoiadores do presidente, liderados pelo ex-ministro e ex-candidato a vice Walter Braga Netto, para discutir estratégias destinadas a questionar o resultado das eleições.

Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.

8 imagens
Carro da PF na casa de Augusto Heleno, em Brasília
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da operação
Equipes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, inclusive na sede do Partido Liberal (PL), no Setor Hoteleiro Sul (SHS), em Brasília
Busca e apreensão em apartamento de Augusto Heleno, na 305 Norte
PF também mira o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto
1 de 8

Polícia Federal (PF) deflagra Operação Tempus Veritatis, nesta quinta-feira (8/2)

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 8

Carro da PF na casa de Augusto Heleno, em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 8

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da operação

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 8

Equipes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, inclusive na sede do Partido Liberal (PL), no Setor Hoteleiro Sul (SHS), em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 8

Busca e apreensão em apartamento de Augusto Heleno, na 305 Norte

6 de 8

PF também mira o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 8

Policiais encontraram "minuta do golpe" na sede do PL, no edifício Brasil 21, em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 8

Polícia Federal deu 24 horas para Bolsonaro apresentar o passaporte

Hugo Barreto/Metrópoles

Na manhã desta quinta-feira (8/2), policiais federais cumprem quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão em 10 estados da Federação no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que tem como alvo os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de Braga Netto, estão entre os investigados o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno e o ex-ministro Anderson Torres.

Além dos mandados de busca e prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

“QG do golpe”

À época do QG do golpe, o Metrópoles informou que o general Braga Netto dava expediente no local regularmente, na companhia de seu entourage, que inclui oficiais das Forças Armadas. Ao acompanhar um dia na casa, a coluna viu o movimento no endereço. Em um dos dias, Braga Netto recebeu o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra, conhecido propagador do discurso radical bolsonarista.

O plano de golpe

Segundo a PF, o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar