Governo diz que buscava reduzir emissões antes de acordo da COP26

Na COP26, os governos do Brasil e de cerca de 100 países se comprometeram a cortar em 30% as emissões de metano até 2030

atualizado 03/11/2021 15:37

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Ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite, substituto de Ricardo Salles durante agenda presidente jair bolsonaro Evento de lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde no Palácio do Planalto 7 Igo Estrela/Metrópoles

O governo brasileiro divulgou nota, nesta quarta-feira (3/11), para afirmar que trabalhava com a meta de redução das emissões de metano antes de assinar, com cerca de 100 países, um compromisso com a redução de 30% das emissões de metano até 2030.

O metano é um dos gases que mais contribuem para o aumento da temperatura do planeta. O acerto foi feito na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, depois de a iniciativa ter sido fortemente defendida pelo presidente norte-americano, Joe Biden.

Em nota conjunta, os ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores disseram que ao aderir ao Acordo do Metano, o Brasil demonstra que já possui programas que tratam do tema, citando a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano ABC+.

O comunicado reforçou declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em discurso gravado exibido na conferência, de que, em relação ao combate às mudanças climáticas, o Brasil é parte da solução, e não do problema. Bolsonaro não compareceu presencialmente à COP26, pois cumpriu agenda pessoal na Itália, depois de participar da cúpula de líderes do G20, em Roma.

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Apesar de reunir os países responsáveis por metade de todas emissões globais de metano, o compromisso não foi assinado por Índia, China e Rússia, apontados como os três países que mais emitem o gás no planeta.

A adesão brasileira ao acordo, encampada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, surpreendeu as autoridades mundiais. Os líderes defendem que o compromisso deve ajudar o planeta a alcançar a meta de limitar o aquecimento global em 1,5ºC.

O metano é responsável por 30% do aquecimento do planeta desde o período pré-Revolução Industrial, e suas emissões vêm crescendo exponencialmente nas últimas décadas. Ele é lançado no ar sobretudo pela mineração de bolsas de gás natural e pela queima de petróleo. A agropecuária também responde por parte considerável das emissões.

Metas brasileiras

Representando o Brasil na COP26, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou na segunda-feira (1º/11) que o Brasil vai reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030. A meta anterior era de 43%. A revisão ocorreu após pressão internacional.

Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, o Brasil teve aumento de 9,5% nas emissões de gases poluentes em 2020, em plena pandemia de Covid-19. O resultado foi na contramão do mundo, que, globalmente, viu as emissões despencaram em quase 7% no ano passado.

O governo também formalizou a meta de neutralizar a emissão de carbono pelo Brasil até 2050, cumprindo com 10 anos de antecedência a meta assumida no Acordo de Paris, de 2015.

Leia a íntegra da nota do governo brasileiro:

NOTA OFICIAL

O Brasil aderiu ao compromisso global para redução das emissões de metano e também à declaração de florestas e uso da terra. Essas iniciativas já foram assumidos pelo País dentro de seu Compromisso Nacional Determinado de redução de gases de efeito estufa, que incluem redução de metano e desmatamento ilegal.

Ao aderir ao Acordo do Metano, o Brasil demonstra que já possui programas que tratam o tema, como:

– Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi lançado em 2019 o Programa Nacional Lixão Zero, que representou avanços importantes no encerramento de cerca de 20% dos lixões no País. O programa também foi responsável por avanços regulatórios na conversão de lixo em energia, o que abriu o caminho para a inclusão da modalidade de “recuperação energética de resíduos sólidos urbanos”;

– Plano ABC+, é referência mundial de política pública na promoção de tecnologias e práticas sustentáveis, com meta de redução de emissão de gases de efeito estufa, dentre eles metano, de 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030.

O Brasil é parte da solução.

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