O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve reunido com os ministros da área econômica do governo nesta segunda-feira (4/11) para discutir o corte de gastos no orçamento da União. O encontro durou cerca de três horas no Palácio do Planalto, mas nenhuma medida foi anunciada, até o momento.
Participaram do encontro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as ministras do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da Saúde, Nísia Trindade, além dos ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Educação, Camilo Santana. Também estiveram presentes os secretários Dário Durigan e Guilherme Melo, da Fazenda, e Miriam Belchior, da Casa Civil.
Depois do encontro desta segunda, o Ministério da Fazenda informou que foi apresentado o quadro fiscal do Brasil, bem como as propostas em discussão. É esperado para terça-feira (5/11) outra reunião com os ministérios e a Casa Civil para ampliar o debate a respeito da revisão de gastos.
O governo Lula vinha sofrendo pressão para apresentar medidas de redução das despesas públicas. Na semana passada, sem anúncios, o mercado mostrou apreensão e a moeda norte-americana encerrou em R$ 5,87. Já nesta segunda, o temor arrefeceu e a moeda encerrou o pregão a R$ 5,78.
A equipe econômica do governo petista estuda propostas que visem o equilíbrio econômico das contas públicas para o próximo ano. Mais cedo, o ministro Haddad anunciou que deverá apresentar ainda nesta semana uma revisão de cortes de gastos.
“Minha ida [viagem oficial à Europa] estava dependendo dessa definição – se, nesta semana ou [na] semana que vem, seriam feitos os anúncios. Como o presidente [Lula me] pediu para ficar, e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, eu acredito que nós estejamos prontos nesta semana para anunciar [as medidas de corte de gastos]”, disse a jornalistas.
Haddad estava com uma viagem prevista para Europa, mas cancelou a ida a pedido do presidente Lula para focar na finalização da proposta de corte.
A expectativa é de que a equipe econômica de Lula apresente ao menos uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para revisão dos gastos públicos, que será analisada pelo Congresso Nacional.
