O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (6/7), que a reforma tributária em discussão na Câmara “vai ser aprovada”, mas admitiu que o texto não é o que ele desejava. Para o petista, porém, a reforma é motivo de comemoração.
“Vocês têm de lembrar que, se for votada a reforma tributária hoje, vai ser a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária num regime democrático, porque a última que tivemos foi num regime militar. Porque a reforma tributária só se faz em regime autoritário”, discursou Lula, em reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, em Brasília.
Lula afirmou, ainda, que é preciso lidar com as relações de forças no Congresso Nacional. “Os deputados que estão lá, bem ou mal, foram escolhidos pela sociedade brasileira”, apontou.
Por isso, o presidente pediu respeito aos parlamentares. “Então, em vez de chorar com o que a gente não tem, nós temos de conversar com o que a gente tem”, concluiu o petista.
A Proposta de Emenda à Constituição que instituiu a reforma tributária tem previsão de votação, ao menos em primeiro turno, nesta quinta, na Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), faz um esforço para votar a PEC nesta semana.
Para entrar na Constituição, porém, a PEC precisa passar em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado.
