O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) avalia nesta quinta-feira (13/6) se o julgamento de Jorge Guaranho, réu pelo homicídio do petista Marcelo Arruda, será transferido do local onde ocorreu o crime, em Foz do Iguaçu.
Segundo nota, a defesa de Guaranho alega que haveria comprometimento no júri de Foz, “já que o caso teve ampla divulgação pela imprensa, o que causaria pré-decisão por parte dos componentes”.
O tribunal vai analisar o pedido a partir das 13h30 e decidirá ainda hoje onde será realizado o julgamento.
De acordo com o advogado da assistência de acusação Daniel Godoy Junior, a repercussão da morte de Arruda foi nacional e por esse motivo não há razão de mudar de local, “Vamos defender a manutenção do júri em Foz do Iguaçu, já que se trata do juiz natural da causa” declarou.
O julgamento estava inicialmente marcado para o dia 4 de abril, mas foi suspenso após a defesa de Guaranho abandonar o plenário devido à negação de uma série de pedidos pelo juízo. A sessão foi remarcada para o dia 2 de maio, mas foi novamente suspensa.
Petista morto em Foz do Iguaçu
O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiros, em Foz do Iguaçu (PR), durante festa de aniversário na noite de sábado (9/7). Ele comemorava 50 anos e escolheu o Partido dos Trabalhadores (PT) como a temática do evento, que reuniu cerca de 40 pessoas.
O autor do crime, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, teria passado de carro na frente da festa e gritando “aqui é Bolsonaro”. Houve uma breve discussão e o agente penal ameaçou voltar posteriormente. Guaranho então, por volta das 23h, reapareceu no local com uma arma e atirou em Arruda, que revidou, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
