A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPF), deflagrou na manhã desta terça-feira (14/7) a Operação Dark Side. Entre os alvos, está o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). A iniciativa foi autorizada pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Para ele, há indícios de que o parlamentar cometeu crimes.
Segundo o magistrado, da análise dos elementos da investigação, era possível extrair “indícios suficientemente seguros — e até contundentes para o momento de cognição sumária —” quanto ao recebimento de quantias vultosas não contabilizadas em favor das campanhas eleitorais de Paulinho da Força aos cargos de deputado federal, em 2010, e prefeito de São Paulo, em 2012.
Veja a íntegra da decisão:
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De acordo com as investigações, o montante total de dinheiro ilícito recebido foi de R$ 1,7 milhão. Na representação enviada à Justiça, os investigadores apontaram ainda que os valores foram creditados pela JBS, a despeito da ausência de declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ainda teriam sido empregadas “manobras próprias ao delito de lavagem de dinheiro”.
A Operação Dark Side fez buscas no gabinete do parlamentar, no apartamento funcional e na sede da Força Sindical em São Paulo. Ao todo, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Brasília.
Trata-se da primeira fase da Operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que reafirmou a competência da mesma para analisar crimes conexos aos delitos eleitorais.
Em nota, Paulinho da Força negou todas as acusações.