A revista virtual Crusoé teve acesso ao pedido que o Ministério Público do Rio de Janeiro fez à Justiça para a operação desta quarta-feira (18/12/2019) que tem como alvo o policial aposentado Fabrício Queiroz e pessoas ligadas a ele, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), seu ex-patrão.
Segundo a publicação, um dos alvos da operação, o policial militar Diego Sodré de Castro Ambrósio, pagou um boleto bancário no valor de R$ 16.564,81 que estava no nome da esposa de Flávio, Fernanda Antunes.
À época do pagamento, ainda segundo a Crusoé, o PM era cabo e tinha remuneração mensal inferior a um terço desse valor.
O PM também teria feito repasses para a conta corrente da loja de chocolates de Flávio, que foi arrombada pelos investigadores em busca de documentos contábeis.
Ainda de acordo com a publicação, o documento informa que quebras de sigilos bancários obtidos pelo MP mostram que Fabrício Queiroz recebeu R$ 2 milhões de 13 servidores comissionados do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio entre 2007 e 2018.
O MP informou que o policial aposentado recebeu 483 depósitos vindos de colegas de trabalho, sendo 339 em dinheiro, 17 em cheque e 127 transferências. No período, o ex-chefe de gabinete de Flávio teria sacado R$ 2,96 milhões em espécie.
A defesa de Flávio afirmou que o cliente é inocente e que os investigadores não vão achar nada contra ele no material apreendido nesta quarta. A defesa de Fabrício Queiroz também reafirmou que o policial aposentado é inocente e classificou a operação como desnecessária.
