O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nesta sexta-feira (26/8), que o Ministério Público Federal (MPF) atua “de forma discreta, mas não sigilosa” para garantir a segurança das comemorações do Dia da Independência, em 7 de setembro. O PGR defendeu que o órgão terá o mesmo empenho durante as eleições, em outubro.
Aras disse, durante a abertura da sessão extraordinária do Conselho Superior do MPF, que a “instituição está cumprindo seu dever”. “Esperamos que a festa cívica de 7 de setembro, assim como as eleições, ocorra como uma grande festa, mantendo as nossas melhores tradições”, pontuou o procurador-geral, assegurando expediente normal do órgão na véspera do feriado.
“Estamos envidando esforços, juntamente com os Ministérios Públicos estaduais, para manter todo o MP brasileiro trabalhando, para que tenhamos eleições sem violência, eleições pacíficas e ordeiras, com a interlocução do Conselho Nacional do Ministério Público e com todos os colegas”, prosseguiu o PGR.
“Estamos atentos”
Há um mês, Aras divulgou vídeo no qual afirma que o MPF está atento à possibilidade de manifestações violentas para a ocasião. O vídeo, postado no canal pessoal de Aras no YouTube, é o trecho de uma reunião que teve com parlamentares de oposição.
O vídeo começou com uma mensagem de texto dizendo o seguinte: “Procurador-geral da República, Augusto Aras informa a parlamentares de partidos da oposição de medidas preventivas do MPF contra eventuais distúrbios em Sete de Setembro/22”.
Na gravação, Aras relembra aos parlamentares sobre a atuação na mesma data de 2021, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) também convocou simpatizantes. “Não deixamos que o 7 de setembro tivesse nenhum evento de violência. Eram movimentos espontâneos que espocavam em todo o país”, afirmou o PGR no vídeo.
“Todos nós já estamos atentos a eventuais movimentos, espontâneos ou não, da sociedade civil no que toca à possibilidade de violência”, frisou.
Convocados por Bolsonaro
Bolsonaro tem convocado apoiadores a irem às ruas nas festividades de 7 de Setembro para protestarem “pela nossa liberdade e pela nossa pátria”. “Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de Setembro, vá às ruas pela última vez”, disse o presidente durante a convenção partidária do PL, que o confirmou como candidato à reeleição.
Na cerimônia, realizada no Rio de Janeiro, o mandatário do país ainda mirou membros do Judiciário, em especial os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo”, enfatizou o presidente.
“Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Interessa para todos nós. Não queremos o Brasil dominado por outra potência. O que nós queremos é paz e tranquilidade, respeito à Constituição”, finalizou.
